Boletim de Itaipu aponta risco de inundações em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este

A usina hidrelétrica de Itaipu emitiu, nesta quinta-feira (13), boletim hidrológico no qual aponta riscos de inundações em zonas ribeirinhas de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, em razão do aumento do nível do Rio Paraná na fronteira entre Brasil e Paraguai. O período considerado mais crítico vai até segunda-feira (17).

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Para monitorar o cenário, a binacional acionou a Comissão de Cheias da empresa, com o objetivo de gerenciar o fluxo de água no lago de Itaipu, evitando a liberação de água em excesso, e de minimizar os efeitos abaixo da usina, uma vez que a cheia do Rio Iguaçu provoca o represamento de parte do Rio Paraná e contribui para enchentes na região.

“Nesta manhã, o nível do lago era de 219,81 metros [de altitude em relação ao nível do mar]. Não há previsão de abertura das comportas”, informa Itaipu, relatando que a estação de monitoramento registrou, na manhã desta quinta, o Rio Paraná [lâmina d’água] a 112,85 metros nas proximidades da Ponte da Amizade.

Tal altura é suficiente para provocar as primeiras inundações no bairro San Rafael, em Ciudad del Este, onde a passarela para pedestres está a 108,4 metros; e a primeira rua de concreto, a 112,3 metros. Outros pontos sob ameaça são o Club Lenteros Unidos, a 116 metros; e o acesso à escola da comunidade, a 121,6 metros. O porto de Presidente Franco, por sua vez, está a 122 metros sobre o nível do mar.

Do lado brasileiro, a cheia nos rios da fronteira pode chegar ao Porto de Areia, no bairro Porto Meira, a 114 metros; à primeira construção do Cataratas Iate Clube, a 117,8 metros; e ao Restaurante El Dorado, a 122,4 metros. Na Argentina, o porto fluvial de Puerto Iguazú foi evacuado na quarta-feira (12), como medida de prevenção.

“Diante do cenário, pode haver pontos de inundação até a segunda-feira (17). No entanto, espera-se que o rio volte gradualmente aos níveis considerados normais nos próximos dias”, orienta Itaipu, pedindo aos moradores e frequentadores de áreas ribeirinhas no Brasil e no Paraguai para que tenham atenção em relação às oscilações dos rios.