O Ministério da Saúde da Argentina atualizou, nessa segunda-feira (13), o boletim da dengue no país, que enfrenta a pior epidemia de sua história, com o reporte de 464.249 casos no ano epidemiológico iniciado no segundo semestre de 2023.
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A boa notícia é a confirmação do cenário de redução da circulação do vírus em todas as regiões do país, após pico alcançado entre a segunda metade de fevereiro e a primeira quinzena do mês de março. Nos últimos sete dias incluídos no relatório, foram 26.239 casos, menos da metade dos mais de 56 mil agregados no auge da propagação.
Mesmo assim, o setor de saúde pública segue em alerta em locais como as grandes metrópoles (incluindo a capital, Buenos Aires), áreas afetadas pelas cheias na fronteira com o Brasil e o Paraguai, e províncias do Noroeste e do Nordeste da Argentina.
Do total de 464.249 casos desde o final de julho de 2023, 96% foram notificados em 2024, no período entre janeiro e o início de maio. Conforme o boletim, o país teve 1.022 doentes que desenvolveram a forma grave da doença e se recuperaram. Outros 314 faleceram.
As áreas com maior incidência de casos por cem mil habitantes são o Noroeste (1.700) e o Nordeste (1.468), embora a maior quantidade de infectados (62%) esteja nas províncias mais populosas da porção central argentina.
Em números brutos, a província de Misiones, onde fica a cidade de Puerto Iguazú, é a terceira com maior número de casos no Nordeste (12.555 moradores infectados), atrás de Chaco (26.592) e Formosa (15.872). Dos infectados em Misiones, 87% desenvolveram a doença entre janeiro e maio.
A redução de casos na Argentina segue tendência também verificada no Paraguai e nos estados do Sul do Brasil, por fatores como a diminuição das temperaturas. É preciso frisar, contudo, que a adaptação do mosquito Aedes aegypti aos ambientes urbanos faz com que a doença continue a ocorrer mesmo nos períodos mais frios e secos do ano.
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