Da década de 1940 até hoje, Brasil e Argentina já trocaram de moeda várias vezes. No caso brasileiro, a caminhada para chegar até o real, implantado em 1994, passou por muitos cortes de zeros e inúmeras versões do cruzeiro e do cruzado. Já o Paraguai mantém a moeda, o guarani, implantado em 5 de outubro de 1943.
Nessa quarta-feira (5), em comemoração aos 79 anos do guarani, o Banco Central do Paraguai (BCP) anunciou que fará mudanças no formato e no desenho das notas que circulam no país, tendo como objetivos incorporar elementos de segurança, aprimorar a identidade visual e facilitar o manuseio por pessoas com problemas de visão.
O valor continuará o mesmo, com moedas de 50, 100, 500 e 1.000 guaranis e cédulas de 2.000, 5.000, 10.000, 20.000, 50.000 e 100.000 guaranis (nota da redação: R$ 1 equivale a G$ 1.350 na média do câmbio na fronteira). O novo modelo dos bilhetes, porém, será um pouco mais estreito e trará homenagens a símbolos da fauna, flora e cultura.
“O guarani é um símbolo da nossa soberania nacional, nos representa como país e fará com que o nosso patrimônio cultural e histórico possa reluzir”, afirmou o presidente do BCP, José Cantero, em entrevista coletiva na capital, Assunção. “Às vésperas do aniversário de 80 anos do guarani, queremos projetá-lo para o futuro.”
Como não possui uma Casa da Moeda, o Paraguai convocará uma licitação pública internacional para definir o desenho e a fabricação dos novos bilhetes. Um eventual corte de zeros, como chegou a ser cogitado no início do governo do presidente Mario Abdo Benítez, está descartado pelas autoridades monetárias do país.
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