Agora, será no próximo sábado, dia 18. Mas muitos argentinos já estão entrando por Foz do Iguaçu e outras fronteiras.
Que confusão! Ninguém sabe ao certo se a entrada por terra, no Brasil, está ou não autorizada. Um ataque de hackers tirou do ar, na sexta-feira, 9, a plataforma ConectSUS, que armazena os dados de vacinação no País.
Com isso, o viajante brasileiro não poderá comprovar se tem ou não a imunização completa. Pra evitar problemas, o governo editou nova portaria, que muda apenas um parágrafo do Art 22 a portaria 661, que alterou as regras para brasileiros e estrangeiros entrarem no País, inclusive permitindo o acesso terrestre.
A mudança é na data: ao invés de vigorar a partir do sábado passado, 11, a portaria 662 diz que as medidas “produzirão efeitos a partir do dia 18 de dezembro”, próximo sábado.
O problema é que, com isso, também foi adiada a entrada de estrangeiros por via terrestre, prevista na portaria 662. Mas, na prática, o que se viu no sábado, em Puerto Iguazú, foi uma longa fila de veículos para atravessar a fronteira rumo a Foz do Iguaçu e, daqui, às praias catarinenses.
O portal El Independiente Iguazú percorreu a área de fronteira argentina, no sábado, e confirmou que autoridades argentinas informavam os cidadãos para não se arriscar a atravessar para o Brasil, devido ao adiamento da reabertura, provocada pelo ataque de hackers.
No entanto, observou o portal, muitos argentinos não seguiram a recomendação e vieram para o lado brasileiro, depois de enfrentar filas para obter a permissão de saída exigida pelas autoridades do país vizinho.
ADIAMENTO
Conforme explicou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, o adiamento das medidas previstas na portaria 661 foi para não prejudicar os brasileiros que já estão viajando ao exterior, já que não terão acesso aos documentos que confirmam a vacinação contra a covid-19.
Pelas novas regras previstas para vigir a partir do sábado passado – e agora adiadas para o próximo -, os viajantes brasileiros ou estrangeiros, para entrar no Brasil, terão que apresentar comprovante de vacinação e teste de antígeno 24 horas ou PCR de até 72 horas.
Quem não tiver o comprovante de vacinação, com uma dose ou dose única de até 14 dias antes da data de embarque, poderá ingressar no território brasileiro apenas se fizer quarentena por cinco dias e, depois, fazer teste para detectar infecção pelo coronavírus.
Por terra, “quando solicitado”, o viajante precisará apresentar comprovante impresso ou em meio eletrônico de vacinação e também de teste de antígeno ou PCR.
Estranhamente – e ministros do Supremo Tribunal Federal já se manifestaram sobre isso -, não é exigido nada do viajante que entrar no País pelo Paraguai.
É possível que esta liberação seja alterada em nova portaria, por orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pressão dos ministros do Supremo, mas ainda não há nada decidido.
A NOVA PORTARIA 662, COM ALTERAÇÃO NA DATA
A PORTARIA 661, COM NOVAS NORMAS
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