O movimento já é de 30 a 40 pessoas por dia, segundo o jornal La Nación. Brasil ainda não autorizou acesso oficialmente.
Enquanto a burocracia brasileira nada faz, em reciprocidade à permissão que os brasileiros têm para entrar na Argentina, os argentinos que querem vir a destinos no Brasil já encontraram um “jeitinho”: entram no Paraguai e atravessam a Ponte da Amizade pra vir a nossas praias, que eles tanto gostam.
O jornal paraguaio La Nación noticia que o movimento já chegou, na semana passada, a 30 a 40 argentinos por dia, na Ponte da Amizade. Foi o que informou ao jornal Adrián Mieres, do Escritório de Migrações de Ciudad del Este.
Os argentinos chegam em seus próprios carros e 90% dos que saíram por Ciudad del Este tinham como finalidade passar férias em destinos turísticos brasileiros. Eles reclamaram, claro, de ter que somar muitos quilômetros à viagem.
DISTÂNCIA EXTRA
A página no Faceboook “A Auto a Brasil”, que reúne mais de 36,6 mil argentinos apaixonados por praias brasileiras, às quais eles preferem ir de carro, já traz a dica da entrada pelo Paraguai.
O problema é que os argentinos têm que ir até Posadas, atravessar para Encarnación, no Paraguai, e, de lá, percorrer 280 km (quase quatro horas e meia de viagem) para chegar a Ciudad del Este.
Alguns arriscam o trajeto curto, mas ainda ilegal. Uma família contou, na página do Facebook, que já está curtindo a praia de Garopaba, em Santa Catarina, depois de passar a fronteira de Paso de los Libres-Uruguaiana (RS). A família saiu de Mendoza.
Outros contam que foram de Paso de los Libres a Porto Alegre e dali escolheram seu destino praiano.
EXPECTATIVA
Há vários relatos. Mas a grande maioria dos participantes do grupo quer mesmo que o governo brasileiro autorize a entrada oficialmente, pra evitar problemas depois, tanto na saída do Brasil como no retorno à Argentina.
O que o governo brasileiro está esperando, ninguém sabe. Há até quem avente a hipótese de que aguarda as eleições parlamentares do próximo dia 14, na Argentina, decisivas para o governo do país saber se vai ou não continuar com maioria no Congresso.
Mas não tem nada a ver. É pura burocracia, mesmo.
Comentários estão fechados.