A Diretoria da Infância e da Adolescência, da prefeitura de Puerto Iguazú, em conjunto com a Diretoria de Assuntos Guaranis, Polícia de Misiones e outras instituições, deu início, nesse fim de semana, a uma série de vistorias para evitar que crianças indígenas permaneçam nas ruas até tarde da noite ou sejam submetidas a jornadas de trabalho.
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As ações tiveram como foco as vias da área central da cidade, nos arredores de locais turísticos como a Feirinha, onde mulheres residentes nas comunidades mbyá guarani da região costumam utilizar as calçadas para vender produtos de artesanato, muitas vezes acompanhadas por filhos pequenos.
“Estamos trabalhando para o cumprimento das normativas vigentes, para garantir a segurança e o bem-estar das crianças guaranis. Começamos a emitir atas a quem infringe as regulamentações, mantendo crianças até altas horas da noite ou de madrugada, expostas em via pública”, informa a prefeitura, em postagem na rede social Facebook.
“Cabe destacar que, em paralelo, estamos fazendo palestras de conscientização com os pais e mães pertencentes aos povos originários, com o objetivo de fazer com que as novas gerações cresçam em um entorno seguro, para seu adequado desenvolvimento”, complementa a publicação.
A exposição de crianças indígenas a ambientes insalubres é tema de debates, também, no lado brasileiro da fronteira, em Foz do Iguaçu, e nas cidades do lado paraguaio. Tal situação tem como origem a pobreza de muitos dos indígenas da região trinacional, aliada à falta de políticas públicas discutidas em conjunto com as comunidades.
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