O governo da Argentina solicitou o adiamento da reunião marcada para o mês de abril, na qual seria debatido o pedágio implantado pelo país, de forma unilateral, na hidrovia do Rio Paraná. A medida vale para o trecho exclusivamente argentino, situado entre a foz do Rio Paraguai e as imediações do porto de Santa Fe.
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A decisão de cobrar US$ 1,47 (R$ 7,50) por tonelada transportada pelas embarcações que passam pela hidrovia, a título de manutenção, revoltou os operadores de comércio exterior do Paraguai. Atualmente, cerca de 90% das exportações agrícolas paraguaias passam pelos rios Paraguai e Paraná em direção ao Oceano Atlântico.
Posteriormente, Bolívia, Brasil e Uruguai aderiram à queixa formal, argumentando que medidas do tipo só poderiam ser aplicadas com a concordância de todos os países que compartilham a bacia hidrográfica e formam parte do Comitê da Hidrovia.
Em declarações ao jornal Última Hora, Enrique Franco, vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, disse que “algumas empresas já estão recebendo as faturas de cobrança e recusando, outras não receberam e pelo menos uma já pagou”.
Segundo Franco, a resposta argentina à reclamação conjunta foi de “não querer tratar isso em um grupo técnico, mas na comissão do acordo [da hidrovia]. Eles estão dispostos a responder às consultas que fizemos e estão trabalhando nisso, mas pediram para postergar a reunião para o mês de maio”.
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