A Gendarmería Nacional Argentina prendeu, nessa sexta-feira (14), cinco militares suspeitos de envolvimento em um esquema de contrabando na região de fronteira. Além deles, seis civis foram alvo dos mandados de prisão emitidos pelo juiz Miguel Ángel Guerrero, da vara da Justiça Federal na cidade de Eldorado.
De acordo com o jornal El Territorio, os cinco integrantes da Gendarmería cobravam propina para a liberação de mercadorias argentinas que seguiam ilegalmente para o Paraguai, via portos clandestinos. Já os civis, entre eles, um empresário e a dona de uma chácara próxima ao Rio Paraná, seriam os responsáveis pelo contrabando.
Conforme as investigações, a corrupção foi praticada em 2020, no período em que os militares cumpriam escala na Rodovia Nacional 12, no posto de controle de Urugua-í, à saída de Puerto Iguazú.
Devido ao rodízio da força, quatro deles estavam, atualmente, em unidades nas províncias de Buenos Aires, Neuquén e Santa Fe. O único que permanecia na cidade fronteiriça foi detido na manhã de ontem, no momento em que chegava para trabalhar na cabeceira argentina da Ponte Tancredo Neves.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos dispositivos eletrônicos como celulares e computadores, que serão submetidos a trabalhos de perícia. Os agentes localizaram, ainda, quantidades de dinheiro em pesos argentinos, guaranis paraguaios, reais brasileiros e dólares estadunidenses, cuja origem será investigada.
O esquema de contrabando funcionava, principalmente, para o envio de produtos argentinos em direção ao Paraguai, como farinha de trigo, vinhos, carnes, frutas e vegetais. Os itens eram revendidos no comércio informal paraguaio, em municípios do departamento (estado) de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este.
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