O Aeroporto Internacional de Puerto Iguazú, no lado argentino, está virtualmente deserto nesta quarta-feira (28). Das companhias que operam no local, apenas a Flybondi manteve seus três voos entre a cidade da fronteira e a capital do país, Buenos Aires.
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O motivo do cenário atípico é a paralisação convocada pelos sindicatos que representam trabalhadores das companhias, operadores dos aeroportos e pilotos, após tentativa fracassada de negociação com as empresas Aerolíneas Argentinas e Intercargo.
O resultado da medida, que está prevista para durar 24 horas, é o cancelamento dos voos na maior parte do país.
A Flybondi, por exemplo, só conseguiu evitar a suspensão de suas frequências porque remanejou as operações do Aeroparque Jorge Newbery (próximo à área central de Buenos Aires) para o Aeroporto Internacional de Ezeiza, onde os serviços estão mantidos.
No caso da Aerolíneas Argentinas, 331 voos foram cancelados, afetando 24 mil passageiros. Latam e JetSmart também foram forçadas a cancelar ou remanejar seus voos devido à interrupção dos serviços logísticos em muitos dos aeroportos.
Em Puerto Iguazú, foram cancelados voos da Aerolíneas Argentinas e JetSmart para Ezeiza (1), Aeroparque (7), Salta (1) e Tucumán (1). Para quinta-feira (29), a perspectiva é de normalização das atividades.
A paralisação dos aeroviários ocorre em meio ao cenário de aceleração da inflação na Argentina, que atingiu 25% em dezembro, 20% em janeiro e deve marcar entre 15% e 20% em fevereiro, mesmo com a retração do consumo interno.
Os sindicatos argumentam que os percentuais oferecidos pelas companhias são insuficientes para cobrir o aumento do custo de vida e as perdas previstas para os próximos meses, à medida que os preços sobem e o dinheiro perde valor.
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