Argentina e Paraguai discutem fortalecimento do Mercosul

Presidentes Alberto Fernández e Mario Abdo Benítez tiveram reunião de trabalho nessa sexta-feira (10), na Quinta de Olivos.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, recebeu seu colega do Paraguai, Mario Abdo Benítez, para reunião de trabalho na Quinta de Olivos, residência oficial da presidência argentina, nessa sexta-feira (10). A pauta central girou em torno de mecanismos para o fortalecimento institucional do Mercosul.

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Participaram do encontro, além dos mandatários, os ministros das Relações Exteriores dos dois países, Santiago Cafiero (Argentina) e Julio César Arriola (Paraguai). Logo após a reunião, foi servido um almoço de confraternização entre as delegações.

De acordo com a agência pública IP Paraguay, “um dos principais temas conversados foi sobre a atualidade do Mercosul e a necessidade de dar ainda mais dinamismo ao comércio regional e extrarregional, além de incrementar o comércio entre Paraguai e Argentina”.

O veículo de comunicação paraguaio citou também que o país “apresentou sua postura contra o pedágio na hidrovia dos rios Paraguai e Paraná” e que “o presidente Alberto Fernández transmitiu a disposição da Argentina de continuar avaliando o tema no âmbito institucional do Acordo da Hidrovia e solicitou a apresentação de uma proposta”.

Já o governo argentino, em comunicado difundido à imprensa, destacou que os presidentes “dialogaram sobre temas inerentes à ampla agenda bilateral e regional e sobre a atualidade do Mercosul e os desafios que se apresentarão durante o primeiro semestre de 2023, no qual a Argentina exerce a presidência temporária do bloco”.

No foco das preocupações, a falta de avanços no acordo entre Mercosul e União Europeia, cuja tramitação segue obstruída, na Europa, em razão dos questionamentos levantados por governos do continente quanto à preservação da Floresta Amazônica, intensificados durante a gestão de Jair Bolsonaro no Brasil.

Outro tema é a intenção do Uruguai em assinar um acordo de livre comércio com a China, sem a participação dos demais sócios. Argentina, Paraguai e Brasil são contrários à iniciativa, argumentando que acordos do tipo só podem ser firmados com a anuência dos demais membros ativos (a Venezuela continua suspensa do bloco).

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