Dos 143 condenados pelos ataques contra os três poderes em 8 de janeiro de 2023, pelo menos 76 tentaram entrar na Argentina. Desse total, um foi barrado na fronteira, 13 já saíram do país e 62 permanecem em território argentino.
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Os números foram informados pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, na última terça-feira (18), atendendo a um pedido do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que enviou uma lista de nomes para verificação.
Com base na resposta argentina, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá encaminhar, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pedido para a abertura de processos de extradição, com o objetivo de trazer os foragidos de volta para o Brasil.
De acordo com o canal CNN, dos brasileiros que pediram refúgio na Argentina, sob alegação de perseguição política, 47 são condenados ou possuem mandado de prisão em aberto por envolvimento com os ataques do 8 de janeiro.
Nos casos em questão, a extradição só poderá ser concedida após a negativa ao pedido de refúgio ou asilo, que deverá ser avaliado por uma comissão do Estado argentino.
Em declarações dadas nessa quarta-feira (19), em Buenos Aires, o porta-voz do presidente Javier Milei, Manuel Adorni, negou a existência de um suposto “pacto de impunidade” e afirmou que o Executivo não irá interferir nas análises.
“Não é uma questão política, é judicial, nós não temos ingerência no que acontece. Se a Justiça do Brasil solicitar para a Argentina determinada questão, a decisão de qual medida será tomada é da Justiça local, e a Justiça não se distancia da lei”, expressou.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também enviou listas de nomes aos governos do Paraguai, Uruguai e Bolívia, países onde, estima-se, outros condenados ou indiciados tenham procurado abrigo.
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