Equipes da Direção Nacional de Transportes (DNV, na sigla em espanhol), da Argentina, deram início ontem (27) a um trabalho de inspeção e manutenção da estrutura da Ponte San Roque González de Santa Cruz, que cruza o Rio Paraná para conectar Posadas com a cidade paraguaia de Encarnación.
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A ação, que é feita de forma periódica, foi antecipada após a detecção de movimento considerado anormal em um dos cabos de sustentação da ponte, que é um dos locais mais trafegados das fronteiras argentinas. Para que os técnicos possam executar os testes e providenciar os reparos necessários, o trânsito foi colocado em meia pista.
“Esses estudos já estavam previstos, mas como surgiu um vídeo mostrando movimento anormal em um dos tensores decidimos antecipar os trabalhos e substituir os amortecedores da base dos cabos, para atenuar as vibrações da estrutura”, explicou Cristian Castro, coordenador do Centro de Fronteira, em entrevista ao jornal El Territorio.
Pelos próximos oito meses, será feita uma “radiografia” do estado da ponte, para que eventuais correções sejam adotadas. A estrutura é monitorada de forma frequente em razão de fatores como o enchimento do reservatório da usina de Yacyretá, que foi subindo gradualmente desde a inauguração da via, em 1990.
Por dia, cerca de 15 mil veículos trafegam pelo local, entre carros de passeio, motos, utilitários e caminhões. A travessia entre Posadas e Encarnación também tem uma ferrovia, utilizada para o transporte de cargas e passageiros.
Recentemente, uma outra ponte fronteiriça da Argentina, a que liga Paso de los Libres (Corrientes) a Uruguaiana (RS), apresentou problemas e precisou ser parcialmente interditada. O problema ocorreu do lado brasileiro, com o deslocamento de um dos pilares próximo à margem gaúcha do Rio Uruguai.
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