Argentina estuda emitir cédulas de P$ 20 mil e P$ 50 mil

Liberação para o público ocorreria entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024; maior bilhete atual é o de P$ 2 mil.

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Embora ameaçado de extinção pelo presidente Javier Milei, o Banco Central da República Argentina (BCRA) está estudando a emissão de novas cédulas de peso argentino, para compensar a defasagem provocada pela inflação.

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Atualmente, o bilhete mais valioso é o de P$ 2 mil, que entrou em circulação no último mês de maio e equivale, passados sete meses, a cerca de US$ 2 no câmbio informal amplamente praticado nas ruas do país.

De acordo com o portal Infobae, a proposta do BCRA é lançar cédulas de P$ 20 mil e P$ 50 mil, que equivaleriam, no câmbio de dezembro, a US$ 20 e US$ 50.

A disponibilização ao público ocorreria entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024, provavelmente, já com defasagem em relação ao valor atual.

Projeções de mercado indicam que 2023 fechará com inflação próxima aos 200%, após a aceleração de novembro e dezembro e a adoção de medidas como a desvalorização da cotação oficial do peso e o fim das políticas oficiais de contenção de preços.

No cenário atual, que indica inflação ainda acelerada em 2024, a previsão é de que as notas de P$ 100, P$ 200 e P$ 500 sejam substituídas por moedas. O lançamento de cédulas de P$ 5 mil e P$ 10 mil, segundo o Infobae, é visto com cautela pelo BCRA.

Desvalorização

O Infobae compila dados que mostram o rápido derretimento do peso argentino. Em junho de 2016, quando o bilhete de P$ 500 foi lançado para ser o de maior valor, sua equivalência era de US$ 33.

Em dezembro de 2017, quando a inflação obrigou à criação da nota de P$ 1 mil, a então maior nota comprava US$ 58. Já a cédula de P$ 2 mil, lançada em maio de 2023, chegou ao mercado valendo pouco mais de US$ 8 no câmbio oficial.

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