Argentina anuncia envio de forças federais para a fronteira com o Brasil

Objetivo da ação é combater o contrabando e o tráfico de drogas; imprensa de Buenos Aires cita mobilização de 300 agentes.

O governo federal da Argentina anunciou, nessa terça-feira (28), o envio de agentes para reforçar a fiscalização na fronteira com o Brasil e o Paraguai.

Leia também:
Governo da Argentina quer privatizar aduana da Ponte Tancredo Neves

De acordo com o canal de notícias TN, de Buenos Aires, o contingente será de 300 agentes, para atuação em dois locais específicos.

Um deles é a fronteira entre Puerto Iguazú (Argentina), Foz do Iguaçu (Brasil) e Presidente Franco (Paraguai). O outro é o paço fronteiriço entre Bernardo de Irigoyen e as cidades de Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR).

Conforme a reportagem, o objetivo da ação é combater crimes como o contrabando e o descaminho, bem como o tráfico de drogas, armas e munições. Além disso, o controle migratório, para evitar entradas e saídas irregulares, também terá incremento.

A princípio, o reforço estará composto por agentes da Gendarmería Nacional, Polícia Federal, Polícia de Segurança Aeroportuária e Prefeitura Naval.

O governo da Argentina não descarta, contudo, requisitar o apoio do Exército. Os militares auxiliariam no aumento da vigilância em pontos pouco monitorados das fronteiras com Brasil e Paraguai na província de Misiones.

“A Casa Rosada [sede do governo] quer, ademais, que as agências de inteligência e segurança dos dois países somem cooperação para prevenir infiltrações de grupos criminosos”, informa o canal TN.

Outros pontos da Argentina

O anúncio de reforço na região trinacional ocorre após a Argentina confirmar a construção de uma cerca na fronteira com a Bolívia. Tal cerca servirá para isolar trilhas usadas para fugir da fiscalização na aduana da cidade de Aguas Blancas.

Em declarações à rádio Mitre, de Buenos Aires, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que, paulatinamente, haverá reforços em todas as conexões terrestres argentinas com Brasil, Paraguai, Bolívia, Chile e Uruguai.

“Planejamos expandir [a política de aumento da fiscalização] para outros pontos de fronteira. Agora, vamos para a fronteira de Misiones com o Brasil, onde há lugares que as pessoas passam a pé”, afirmou Bullrich, em referência à fronteira seca entre Bernardo de Irigoyen e Dionísio Cerqueira.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.