Argentinos de todas as partes do país estão celebrando, nesta quinta-feira (30), o Dia do Mate, data criada para homenagear a bebida que é tradição e preferência nacional. Dados do Instituto Nacional da Erva-Mate (INYM, na sigla em espanhol) indicam que, por ano, quase 270 mil toneladas da erva sejam consumidas no país.
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Definido por uma lei de 2015, 30 de novembro foi escolhido por ser a data de nascimento de Andrés Guacurarí y Artigas, comandante guarani que atuou nas guerras de libertação do país e governou o território onde hoje está a província de Misiones.
Nativo das matas do vale do Rio Paraná, o mate é um dos produtos mais simbólicos de Misiones, que concentra alguns dos principais fabricantes da Argentina. A erva é consumida em infusão com água quente, com preparo similar ao do chimarrão brasileiro; como tererê, à moda paraguaia; ou como chá, além de servir como suplemento alimentar.
A origem do uso da erva-mate está associada aos indígenas da etnia guarani, que habitavam a região no século 16. No período das Missões Jesuíticas (séculos 17 e 18), o costume foi adotado e expandido, tornando-se popular entre os não indígenas e consolidando-se na cultura dos atuais Argentina, Uruguai, Paraguai e partes do Brasil.
No início do século 20, o Oeste do Paraná era um dos principais produtores de erva-mate do continente, com a área no entorno do Rio Paraná, no trecho entre Foz do Iguaçu e Guaíra, tendo sido ocupada por madeireiros e ervateiros, que protagonizaram um dos primeiros grandes ciclos econômicos da região.
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