Carregamento, avaliado em US$ 500 mil, estava em um veículo brasileiro abordado na aduana da Ponte Tancredo Neves.
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agropecuária (Senasa) da Argentina encaminhou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil o carregamento de material genético bovino apreendido, no início da semana, na aduana da Ponte Tancredo Neves, entrada de Puerto Iguazú.
O recipiente refrigerado, contendo 199 unidades de sêmen e embriões para a reprodução de gado, avaliadas em US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões), estava no porta-malas de um veículo brasileiro que foi parado durante procedimento de rotina da Agência Federal de Ingressos Públicos (AFIP), órgão argentino equivalente à Receita Federal do Brasil.
Em entrevista à Radio Yguazú Misiones, de Puerto Iguazú, Juan Pablo Ressel, representante do Senasa, disse que o motorista do automóvel conseguiu demonstrar posteriormente, com documentos, que o recipiente não tinha a Argentina como destino e que tudo não passou de um mal-entendido.
“O homem que transportava a mercadoria é funcionário de uma empresa de reprodução do Brasil. Segundo declarou, ele tinha que entregar o recipiente na cidade de Foz do Iguaçu, mas quis cruzar a fronteira para comer em Puerto Iguazú e não tirou o material do porta-malas”, declarou Ressel, conforme publicação no site da emissora.
A Radio Yguazú Misiones informa que “foi encaminhado um relatório aos superiores e a decisão foi devolver essa mercadoria, não ao infrator, mas ao Ministério da Agricultura do Brasil, que é o organismo sanitário que vai tomar a decisão final”.
Atualmente, a importação de materiais genéticos animais ou vegetais está submetida a um sistema de licenças na Argentina, sendo necessária a autorização prévia de instituições como o Senasa. Em 2021, a importação legal de sêmen e embriões bovinos totalizou US$ 15,9 milhões (R$ 82,4 milhões).
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