Guardas-florestais do Parque Nacional Iguazú, que abriga o lado argentino das Cataratas do Iguaçu, estão programando, para o próximo dia 27 de setembro, uma manifestação na rodovia de acesso ao Centro de Visitantes da Área Cataratas, em Puerto Iguazú, com possível suspensão das visitas turísticas à unidade na data em questão.
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O motivo do protesto, conforme nota enviada à imprensa, é a denúncia de suposta perseguição do Ministério Público contra quatro servidores da Administração de Parques Nacionais (APN), que serão levados a julgamento por homicídio culposo pelo falecimento de duas crianças no Parque Nacional Lanín, no Sul da Argentina, em 2016.
Na ocasião, uma menina de 3 anos e um menino de 7 faleceram atingidos por uma árvore de 40 metros, que caiu após uma tempestade. No entender do Ministério Público, os quatro denunciados teriam responsabilidade sobre o ocorrido, argumento que é rechaçado pelos sindicatos e associações que representam os trabalhadores da APN.
O protesto, que cairá em uma quarta-feira, acontecerá às vésperas da audiência prévia do julgamento dos servidores no Tribunal Oral Federal de Neuquén. Já o júri do caso está marcado para o período entre 30 de outubro e 2 de novembro, datas em que novas manifestações poderão ocorrer nos parques nacionais de toda a Argentina.
Em relação ao ato do dia 27, a programação prevê, inicialmente, a montagem de uma blitz na estrada de acesso ao lado argentino das Cataratas, para informar à população argentina e aos turistas os desdobramentos do processo. Sem a presença dos guardas no interior do parque, as visitas turísticas, a princípio, seriam suspensas, algo que ainda terá de ser confirmado ao longo das próximas semanas.
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