Fiscais do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina apreenderam, nessa segunda-feira (8), mercadorias procedentes do Brasil, transportadas em uma van abordada na Rodovia Nacional 12, saída de Puerto Iguazú.
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Segundo o Senasa, que montou barreira nas proximidades do lago Urugua-í, os produtos, adquiridos em um mercado atacadista de Foz do Iguaçu, foram levados ilegalmente ao território argentino e não contavam com a documentação necessária.
O material distribuído à imprensa pelo órgão público argentino não cita a quantidade total apreendida, mencionando apenas a existência de “mais de 50 quilos de embutidos (salsichas e presuntos) que não possuíam documentação sanitária respaldatória, nem tinham sido autorizados pelo Senasa para entrar no país, além de não estar garantida a correspondente cadeia de frio, com seu consumo implicando possível risco para a saúde pública”.
Já as imagens que acompanham o boletim mostram produtos como caixas de leite longa-vida e uma série de itens embalados, incluindo produtos de limpeza e papel higiênico.
Devido à disparada da inflação interanual na Argentina, acentuada no período de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024 (os números de março ainda não foram divulgados), consumidores argentinos estão recorrendo a estabelecimentos no Brasil e no Paraguai para a compra de itens que subiram acima da média ou que estão em falta.
Tal movimento é perceptível, especialmente, em locais como a fronteira de Bernardo de Irigoyen com Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR), além de pontos como a ligação entre Posadas (Argentina) e Encarnación (Paraguai).
Em Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Presidente Franco, embora de forma mais tímida, também houve aumento na clientela oriunda de Puerto Iguazú e cidades vizinhas, após anos de movimentação no sentido contrário, nos quais paraguaios e brasileiros representavam parte importante das vendas nos mercados e distribuidores do lado argentino.
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