A Patrulla Caminera (polícia rodoviária do Paraguai) apreendeu, nesse fim de semana, dois ônibus de turismo brasileiros por irregularidades no transporte de passageiros.
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De acordo com o jornal La Nación, as denúncias que levaram às apreensões partiram da Associação de Operadores e Agências de Turismo do Paraguai (Apoat).
A entidade tomou como base um acordo multilateral de transporte internacional de passageiros, firmado pelos países do Mercosul, bem como por Chile e Peru.
Pelo acordo, um ônibus de turismo de um país pode levar passageiros a outro e fazer, com o mesmo grupo, o trajeto de volta. O veículo não pode, contudo, embarcar novos passageiros ou começar uma viagem inteiramente nova fora de seu país.
Conforme o La Nación, um dos ônibus foi parado em Itauguá, região metropolitana de Assunção, por volta do meio-dia de sábado (15).
Contratado por uma agência do Paraguai, o coletivo teria iniciado o serviço em território paraguaio, violando o acordo. Para que os clientes pudessem seguir viagem, a empresa de turismo teve de fretar um outro ônibus, com placas do próprio país.
Já a outra retenção, pelo mesmo motivo, ocorreu em Ciudad del Este, na cabeceira paraguaia da Ponte da Amizade. O ônibus, com placas brasileiras, transportava cerca de 50 passageiros no momento da abordagem da Caminera.
A Apoat ressalta, nesse sentido, a necessidade de que empresas paraguaias contratem ônibus paraguaios para as viagens iniciadas no Paraguai, assim como empresas brasileiras contratam ônibus brasileiros para as excursões que partem do Brasil.
Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina
Na fronteira trinacional entre Brasil, Paraguai e Argentina, existem também acordos locais, firmados pelas prefeituras.
Tais documentos permitem, entre outras situações, que vans, táxis e veículos de turismo possam levar e trazer passageiros nos trajetos entre as cidades limítrofes.
Recentemente, a prefeitura de Puerto Iguazú (Argentina) ameaçou cancelar o convênio existente com Foz do Iguaçu que regulamenta o transporte turístico entre as duas cidades. Após acordo, houve apenas uma atualização das regras, vigentes desde 2019.
