A partir de segunda-feira (26), a Ponte Tancredo Neves voltará a estar aberta para uma família de Puerto Iguazú que precisa vir a Foz do Iguaçu, três vezes por semana, para tratar da saúde do filho de apenas 4 anos em uma clínica da cidade. A criança tem paralisia cerebral severa e sofre com a falta de atendimento específico no lado argentino da fronteira.
O caso ganhou repercussão na imprensa brasileira após pedidos de ajuda feitos pela família nas redes sociais, relatando que o menino perdeu parte das conquistas obtidas nas sessões de reabilitação. O tratamento está interrompido desde março de 2020, data em que a fronteira foi fechada em razão da pandemia do novo coronavírus.
Veículos de comunicação, como o portal G1, cuja matéria, produzida pela jornalista Mari Kateivas, foi compartilhada por leitores de todas as partes do país, destacaram que o problema estava na falta de uma permissão especial pelo governo brasileiro, uma vez que a Argentina, no mês de junho, já havia autorizado a família a fazer a travessia.
Nessa quarta-feira (21), Camila Vanesa Mattos, mãe da criança, recebeu a informação de que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu o documento necessário. “Estamos orando a Deus para que dê certo e que segunda-feira possamos estar em Foz do Iguaçu”, disse Camila, em declaração ao G1.
Os problemas de saúde do menino surgiram devido a complicações ocorridas no parto. Em território argentino, a opção mais próxima para tratamento era na cidade de Posadas, a cerca de 300 quilômetros de distância. A viagem, porém, era considerada inviável pela família, pois a criança poderia ter convulsões.
A fronteira entre Brasil e Argentina permanece fechada por tempo indeterminado, havendo, no entanto, possibilidade de exceções por questões humanitárias. No caso em questão, a embaixada argentina em Brasília enviou um requerimento (nota verbal) ao governo brasileiro, que analisou o pedido e concedeu a autorização.
Nota da redação: o H2FOZ optou por não divulgar nome ou fotografia da criança.
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