Alto Paraná está fora do “mapa vermelho” da covid no Paraguai, diz Saúde

“O Paraguai está totalmente em vermelho,com exceção de Alto Paraná e Canindeyú”, informou o diretor de Vigilância de Saúde, Guillermo Sequera.

A situação mais grave, segundo Sequera, é a do Departamento Central, onde a transmissão comunitária é de nível 4, que significa alerta máximo, conforme notícia publicada no La Nación.

NOVO RECORDE

O Paraguai registrou na sexta-feira, 11, um novo recorde de mortes em 24 horas: 146.

O número provocou um desabafo da diretora do Hospital Nacional de Itauguá, Yolanda González Barrios.

De acordo com o jornal Última Hora, ela postou nas redes sociais: “Com estes números, nós fomos à m…”

Ainda na sexta-feira, o informe da Saúde registrava 2.698 novos contágios.

Agora, o total de casos confirmados subiu para 319.572. Os óbitos aumentaram para 10.561.

PRIMEIRO NO MUNDO EM MORTES

Entre os 10 primeiros com mais mortes proporcionais à população, na semana, seis são da América do Sul.

O Paraguai se manteve em 1º lugar no mundo, nesta última semana, em mortes provocadas pela covid-19 a cada 1 milhão de habitantes.

O índice ficou em 132 óbitos por milhão de paraguaios, bem à frente do 2º lugar, o Uruguai, com 112 mortes por milhão.

A situação na Argentina também se agravou. O país está em 4º lugar no mundo, com 93 mortes por milhão.

O Brasil chegou, na semana, ao 9º lugar, com 63 mortes por milhão.

Já em casos confirmados, na última semana, o Paraguai está em 9º lugar; o Uruguai está em 2º e a Argentina em 5º. O Brasil ficou em 15º.

Os dados constam do site Wordometers.

TOTAL ACUMULADO

Em números acumulados desde o início da pandemia, o Brasil aparece à frente dos vizinhos, em 11º lugar, com 2.263 mortes por milhão de habitantes.

A Argentina está em 18º, com 1.856 óbitos por milhão; e o Paraguai em 33º, com 1.464 mortes por milhão de habitantes.

Para registro, em óbitos acumulados está em 1º lugar o Peru, com mais do que o dobro do total no Brasil: 5.631 mortes por milhão de habitantes.

A pandemia, no Paraguai, ganhou um forte impulso a partir de março deste ano.

E já traz resultados no total de falecimentos no país.

De acordo com o diretor de Vigilância da Saúde, Guillermo Sequera, morriam no Paraguai cerca de 30 mil pessoas por ano. “Agora, vamos a caminho de 60 mil mortes”, disse.

Em outros números: antes da pandemia, havia em média 600 mortes por semana; este ano, já se reportam entre 1.100 e 1.200 mortes semanais.

VACINAÇÃO

População busca a vacina. Paraguai tem um dos índices de vacinação mais baixos do mundo. Foto Agência IP

Neste sábado, nos locais de vacinação formaram-se longas filas de pessoas e veículos, informa a agência IP. Isso ocorreu tanto em Assunção e Central, como em Caaguazú, Alto Paraná, Cordillera, Canindeyú e Itapúa.

Estão sendo chamadas para se vacinar as pessoas com 55 anos ou mais.

O país recebeu até agora poucas doses de vacinas, a maioria por doações de países amigos.

No mundo, é um dos países que menos vacinou a população. Foram imunizados, até agora, 4,4% dos paraguaios com uma dose; e 1,5% com duas doses.

Na América do Sul, só está melhor que a Venezuela, onde a imunização com uma dose foi feita em 2,1% da população; com duas doses, em 0,5%.

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