Responsável pelo combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti no Paraguai, o Serviço Nacional de Erradicação de Zoonoses (Senepa, na sigla em espanhol) divulgou, nessa semana, levantamento atualizado em relação à presença do mosquito transmissor da dengue em Ciudad del Este e municípios vizinhos.
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De acordo com os dados, repercutidos pelo jornal La Clave, os técnicos do Senepa encontraram larvas do Aedes aegypti em 14,3% dos imóveis do bairro San Isidro, em Ciudad del Este; 12,5% nos bairros Carolina e San Juan; 10,9% nos bairros Pablo Rojas, La Blanca e Km 9 Acaray; e 9% nos bairros Las Marías e Floresta.
Em Presidente Franco, locais como os bairros Conavi, Tres Fronteras, Monday Urbano, Fracción Noelia, Km 5, Km 6 e Km 7, superaram os 13% de infestação. A maioria dos criadouros foi encontrada em pontos de fácil eliminação, como recipientes expostos à chuva nos quintais e lixo descartado de forma inadequada.
“A população não quer limpar seus quintais”, lamentou Basilio Resquín, funcionário do Senepa, citado pelo La Clave. “Está claro que, sem a colaboração da população, não vamos poder frear epidemias. Se todos investirem uns cinco minutos de seu tempo para eliminar potenciais criadouros, conseguiremos reduzir a transmissão.”
No ano epidemiológico 2022–2023, encerrado no final de julho, a principal preocupação do Ministério da Saúde do Paraguai foi quanto à febre chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti. Para a temporada 2023–2024, o cenário estudado pela pasta é o de antecipação dos picos da dengue e da chikungunya, que poderão ocorrer ainda antes do verão.
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