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De origem libanesa, Kassem Hijazi tem cidadania brasileira e responde por acusações de lavagem de dinheiro.
O Paraguai extraditou para os Estados Unidos, nessa sexta-feira (8), o empresário Kassem Mohamad Hijazi, acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro. De origem libanesa, Hijazi tem cidadania brasileira e foi preso em 24 de agosto de 2021, no escritório de uma de suas empresas em Ciudad del Este.
Em declarações reproduzidas pelo jornal Última Hora, Marcio Battilana, advogado com experiência nos EUA, disse crer que Hijazi terá os direitos respeitados. Uma das possibilidades é fazer um acordo com a parte acusadora, de forma a abreviar o processo. “A defesa está confiante que a situação poderá ser resolvida em breve”, afirmou.
Antes de deixar o Paraguai, Hijazi passou por exames para verificar sua condição de saúde. Na sequência, foi levado ao Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, na região metropolitana de Assunção, sob forte esquema de segurança. A aeronave contratada para o transporte em direção à América do Norte decolou às 11h (hora paraguaia).
O processo corre em um tribunal do estado de Nova York, onde Hijazi é acusado de usar empresas de importação e exportação para movimentar mercadorias entre Paraguai e Estados Unidos e transferir grandes somas de dinheiro, cuja legalidade é questionada pelo Departamento do Tesouro estadunidense.
Em mensagem no Twitter, o embaixador dos EUA em Assunção, Marc Ostfield, disse que “a extradição de Kassem Mohamad Hijazi representa um golpe forte ao crime transnacional no Paraguai e na Tríplice Fronteira. Agradecemos ao governo do Paraguai, especificamente à colaboração do Ministério Público e da Secretaria Antidrogas neste caso”.
Apesar de ter negócios no Paraguai, o empresário vivia em Foz do Iguaçu, e a operação que resultou em sua prisão foi considerada, à época, arbitrária e ilegal pelos advogados de defesa. A extradição foi autorizada pela Justiça paraguaia no último dia 16.
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