“Caso Pepê”: Foz FC recorre à CBF para receber R$ 30 milhões do Grêmio

Azulão da Fronteira cobra porcentagem referente à transferência do atacante do clube gaúcho ao Porto (Portugal).

Após tentativas malsucedidas de resolver o “Caso Pepê”, o Foz do Iguaçu FC está com uma ação contra o Grêmio na Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Azulão da Fronteira cobra cerca de R$ 30 milhões do clube gaúcho, valor referente a 30% da transferência do atacante – que foi recentemente convocado para a seleção brasileira – ocorrida em 2021 entre o Grêmio e o Porto, de Portugal.

O presidente do Foz FC, Arif Osman, explica que o clube entrou com a ação na Justiça em agosto de 2022, intimando o Grêmio a não realizar o pagamento a terceiros. Recentemente, em 1.º de dezembro, obteve uma decisão favorável ao Foz. “A CNRD já decidiu que o Grêmio deve pagar ao Foz. Se pagar um real a terceiros, agentes e empresários poderão sofrer as penalidades da FIFA, como rebaixamento no Campeonato Brasileiro, impossibilidade de jogar a Libertadores ou de negociar jogadores.”

O Grêmio alega que havia uma comunicação de divisão da quantia com outras partes e recentemente fez uma oferta para parcelar o montante, mas a proposta não foi aceita. “O Grêmio, por interesse próprio, sempre ficou ao lado de seus parceiros e contra o Foz. Querendo ganhar tempo, eles propuseram pagar R$ 5 milhões, divididos em 12 pagamentos, e continuar discutindo o restante. É óbvio que o Foz não pode aceitar essa proposta. Estamos sofrendo, pois esse dinheiro faz e fará falta. Temos fé e receberemos integralmente em breve”, reforça.

A expectativa é a de que o caso seja analisado novamente apenas em 2024, após o período de férias da CBF. O Foz FC chegou a solicitar bloqueio do prêmio de R$ 45 milhões recebido pelo Grêmio pelo vice-campeonato do Brasileirão e aguarda decisão liminar.

Em paralelo, o Cascavel FC, clube formador de Bitello, também reivindica R$ 15 milhões por conta de sua parte na venda do jogador ao futebol russo.

Incerteza para 2024

Em fevereiro deste ano, o Foz do Iguaçu FC saiu do Estádio do ABC derrotado pelo Operário e rebaixado para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Desde então, Arif Osman anunciou seu afastamento das atividades do time profissional.

O dirigente informa que até agora ninguém apareceu para assumir a função. Com isso, a participação do clube no estadual do ano que vem ainda é incerta. “Quanto à participação ou não no Paranaense do ano que vem, continuo com a mesma posição. Eu gostaria muito que aparecesse um grupo interessado e com condições de tocar o profissional. Até agora, poucos me procuraram e sem a mínima condição de administrar um clube de futebol profissional”, explica.

Arif Osman, presidente do clube, anunciou seu afastamento das atividades do time profissional. Foto: Assessoria

O arbitral da Federação Paranaense de Futebol (FPF) ainda não tem data definida, mas é provável que a segunda divisão inicie em maio de 2024. Caso o clube opte pelo afastamento, automaticamente será rebaixado para a Terceira Divisão do Paranaense.

Em 2023, os times de base do Foz FC disputaram os campeonatos estaduais nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20.

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