Seleção feminina do país é treinada pelo brasileiro Marcello Frigério; equipe foi derrotada pela Argentina.
O Paraguai deixou escapar, por pouco, a inédita classificação para a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Na noite dessa sexta-feira (29), a equipe guarani vencia a Argentina por 1 x 0 até os instantes finais da partida, mas tomou a virada e agora terá de jogar a repescagem para manter vivo o sonho da vaga para o Mundial 2023.
O duelo entre Paraguai e Argentina, valendo o terceiro lugar da Copa América, teve como cenário a cidade colombiana de Armênia. O gol da Albirroja foi marcado aos 39 da primeira etapa, com a zagueira argentina Núñez empurrando contra a própria meta, após saída desastrosa da goleira Correa, que falhou em cortar uma bola alçada na área.
No segundo tempo, a seleção treinada pelo brasileiro Marcello Frigério manteve o controle do jogo e parecia estar com a vitória encaminhada. Aos 78 minutos, no entanto, a atacante Yamila Rodríguez (nascida em Posadas, a 300 quilômetros do limite com Foz do Iguaçu) venceu as zagueiras paraguaias na corrida e empatou para a Argentina.
A virada veio aos 89 minutos, com uma falta cobrada por Bonsegundo praticamente sobre a risca da área. Já nos acréscimos, Yamila Rodríguez fez mais um e fechou o placar em 3 x 1 para a Albiceleste, que carimbou a vaga direta no Mundial. Neste sábado (30), às 21h, Brasil e Colômbia, já classificados, disputam o título da Copa América.
Insultos
Durante a semana, as jogadoras da seleção paraguaia de futebol foram alvo de insultos do jornalista Enrique Vargas Peña, que usou palavras de baixíssimo calão durante a programação da rádio ABC Cardinal, de Assunção. O motivo da revolta do comunicador foi um protesto feito pelas atletas, que cruzaram os braços durante a execução do hino.
Vargas Peña chegou a citar teorias da conspiração envolvendo o bilionário George Soros, ao lado de insultos como “choronas de m**da” e “cachorras de m**da”. “Tomara que sejamos eliminados, porque essas cachorras de m**da não vão vir aqui e transformar o hino paraguaio em um instrumento de protesto do filho da p*** do Soros”, vociferou.
O episódio provocou a revolta dos comunicadores do grupo ABC, que emitiram nota na qual classificaram as falas de Vargas Peña como vulgares e ofensivas e repudiaram “todo tipo de violência machista”. As atletas da seleção paraguaia, que reivindicam mais atenção ao futebol feminino, negaram-se a responder.
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