Relembre os 25 anos da Copa América em Ciudad del Este e Foz do Iguaçu

Edição de 1999 do torneio movimentou a região de fronteira; seleção brasileira ficou hospedada na Terra das Cataratas.

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Foz do Iguaçu, segunda quinzena de junho de 1999. A Terra das Cataratas tinha presença garantida nos telejornais brasileiros, com entradas ao vivo das equipes de reportagem das principais emissoras, acompanhando a estadia da seleção masculina de futebol.

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Treinado por Vanderlei Luxemburgo, o time contava com craques como Dida, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo, Alex e um certo Ronaldinho, que estava ganhando suas primeiras oportunidades com a camisa verde-amarela.

O tetra era recente (1994) e o Brasil vinha de um doloroso vice-campeonato mundial (1998). Em 2002, já sob o comando de Felipão, muitos dos jogadores que estiveram na cidade superariam o trauma da derrota para a França e conquistariam o penta.

A Copa América era no Paraguai, mas Foz do Iguaçu foi escolhida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por um motivo óbvio: a seleção faria suas primeiras partidas em Ciudad del Este, do outro lado da Ponte Internacional da Amizade.

Para receber o torneio (que também teve jogos em Assunção, Luque e Pedro Juan Caballero), a cidade paraguaia da fronteira recebeu melhorias como a reforma do estádio do Club Atlético 3 de Febrero, palco de uma tragédia dois anos antes.

Em 4 de setembro de 1997, em um ato de campanha do Partido Colorado, 38 pessoas morreram e pelo menos 200 ficaram feridas quando um palanque montado ao lado do estádio desabou durante um temporal, no incidente mais mortal da história da cidade.

Após a reforma, o estádio ganhou estrutura de primeiro nível para os padrões da época, sendo capaz de comportar cerca de 30 mil espectadores. Oito jogos foram disputados no local, incluindo uma semifinal.

O torneio deixou lembranças marcantes para os torcedores da fronteira, como o primeiro gol de Ronaldinho Gaúcho pela seleção principal, no 7 a 0 sobre a Venezuela; e o “Jogo da Neblina”, entre Brasil e Chile, que terminou mais cedo devido à falta de visibilidade.

Campanha invicta

O título brasileiro foi incontestável. Na estreia, no dia 30 de junho, em Ciudad del Este, a seleção bateu a Venezuela (então saco de pancadas do continente) por 7 a 0, com gols de Ronaldo (2), Amoroso (2), Emerson, Ronaldinho e Rivaldo.

Nos jogos seguintes, todos no 3 de Febrero, as vitórias foram sobre México (2 a 1) e Chile (1 a 0), para avançar em primeiro no grupo e pegar a Argentina nas quartas de final.


O clássico contra os hermanos, também disputado na fronteira, foi o duelo mais difícil da competição. A Argentina saiu na frente, aos 11 minutos, com gol de Sorín. A dupla Rivaldo e Ronaldo garantiu a vitória brasileira por 2 a 1.


A despedida de Ciudad del Este ocorreu nas semifinais, no dia 14 de julho, com vitória tranquila sobre o México, por 2 a 0. Os gols foram anotados por Amoroso e Rivaldo, ainda na primeira etapa.

A grande final, contra o Uruguai, foi jogada no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção. O Brasil passeou em campo, vencendo por 3 a 0 (dois gols de Rivaldo e um de Ronaldo) e levantando seu sexto caneco continental.

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