Obras estruturantes trazem novos desafios para Foz do Iguaçu
Temos muito a comemorar neste aniversário de 110 anos, sem deixar de reconhecer antigos gargalos e problemas da nossa cidade.
Por Danilo Vendruscolo – OPINIÃO
Parabéns, Foz do Iguaçu, pelos 110 anos de emancipação política, comemorados neste 10 de junho de 2024.
Foz do Iguaçu já passou por vários ciclos econômicos, porém o mais impactante foi a construção da maior usina hidrelétrica do planeta, há 50 anos.
Foz contava com uma população em torno de 30 mil habitantes e muito rapidamente cresceu, de forma não planejada, para as mais de 280 mil pessoas com domicílio em nossa cidade.
Além do rápido crescimento de Foz, tivemos um incremento populacional maior do lado paraguaio, refletindo uma expansão da região trinacional, composta por sete municípios (dois no Brasil, um na Argentina e quatro no Paraguai), formando uma grande metrópole com um milhão de habitantes.
Formou-se nessa região trinacional uma população com mais de 80 etnias, vivendo em perfeita harmonia, num verdadeiro processo de integração econômica, cultural e social, sendo que poderíamos estar muito melhor se nossos governantes exercessem um papel proativo de integração e contemplação das belezas naturais e das construídas pelos homens, em vez de normalmente verem as fronteiras como um problema.
A partir de 2019, Foz do Iguaçu passou a receber obras estruturantes patrocinadas pelo Itaipu Binacional, reivindicadas havia mais de 30 anos, tais como:
- ampliação e modernização do nosso aeroporto internacional, com extensão da pista de pouso e decolagem para grandes aeronaves, obras já entregues em 2021;
- duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, a ser entregue até o final de 2025;
- Ponte da Integração (Brasil–Paraguai), entregue em 2022;
- Perimetral Leste, que conectará a Ponte Tancredo Neves (Brasil–Argentina) e a Ponte da Integração até a BR 277;
- iluminação em LED da BR-277 no perímetro urbano de Foz;
- Mercado Municipal entregue em 2022, porém não inaugurado;
- novo porto seco, o maior da América Latina, a ser entregue até o final de 2025.
São todas obras estruturantes, que devem ser finalizadas até o fim de 2025 e farão da nossa cidade uma outra Foz do Iguaçu para os próximos anos. Mas ainda precisamos de uma série de outros projetos, as chamadas obras e ações complementares:
- expansão do Distrito Industrial;
- viaduto ou trincheira ligando a Vila Portes ao Jardim Jupira;
- viaduto no antigo trevo em frente ao CTG Charrua para desafogar congestionamento no trevo de entrada de Foz;
- viaduto ou trincheira na Rua Theodoro Risden;
- passarela de pedestres conjugada com Portal da Foz na Grande Três Lagoas (ponto com alto índice de mortes por atropelamento);
- viadutos conectando a parte sul com a parte norte da cidade;
- mudança na captação de água do Rio Tamanduá para o Rio Iguaçu ou lago de Itaipu (água de melhor qualidade para os iguaçuenses);
- revitalização do balneário de Foz do Iguaçu para uso da população;
- melhoria da sinalização turística e mobilidade urbana, com sincronização dos semáforos nas principais avenidas e ruas do munícipio;
- retomada do Projeto Beira Foz, área nobre de Foz, hoje praticamente abandonada;
- otimização de fluxo e tráfego nas aduanas e comércio exterior;
- Plano Diretor de Foz pensando em 2050, juntamente com a região trinacional (de um milhão de habitantes), visando a utilizar os recursos dos royalties para um núcleo de projetos para a Foz do futuro.
Além dessas obras complementares, deveremos urgentemente criar condições para atração de novos investimentos, com geração de emprego e renda, principalmente focados na utilização da mão de obra disponível, que atualmente se encontra desempregada ou subempregada – vivendo com auxílio do Bolsa Família.
Acreditamos que nosso principal desafio como sociedade será o fortalecimento das entidades públicas e privadas, para que – de maneira conjunta e com bom diálogo e bons projetos – possamos construir uma Foz do Iguaçu pujante, pensando no que queremos até 2050.
É fundamental que a sociedade civil esteja disposta a fazer essa construção, elegendo bons representantes, com o pensamento sempre no interesse coletivo, acima de tudo, até porque cuidar de Foz depende de cada um de nós.
Danilo Vendruscolo é presidente da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu).
Cidade que a cada ano evolui e linda. Mas as placas das Ruas precisavam está com cores Mais forte para poder enxergar melhor.
As obras da perimetral leste estão isolando populações inteiras. A logística de desvios é uma vergonha.
Infelizmente as ruas estão cheias de buracos. Uma vergonha. Nosso prefeito jogou a toalha, fim de mandato.