Concorrendo ao cargo de prefeito pela coligação Foz em Primeiro Lugar, General Silva e Luna (PL) participou nesta terça-feira, 3, do programa Dois em Um, série de entrevistas do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9. O tempo é de uma hora, das 11h às 12h, destinado a cada um dos sete prefeituráveis nas Eleições 2024.
Assista à entrevista:
Silva e Luna relatou que ele mesmo elaborou sua proposta para a cidade, um planejamento estratégico, não plano de governo, a partir do seu “conhecimento e concepção” de Foz do Iguaçu, que depois foi submetido à equipe e técnicos. Respondeu a perguntas de ouvintes sobre a Ocupação Bubas e seu plano ambiental. Elencou que pretende introduzir a tecnologia na gestão e avançar no conceito de cidade inteligente, e explicou sobre a proposta “Cidade à palma da mão”.
Ao responder sobre quanto pretende gastar na corrida eleitoral, pontuou que o partido, o PL, possui recursos até R$ 2,3 milhões, valor que também deverá chegar aos vereadores na forma de materiais e insumos. E enumerou que sua coligação reúne seis partidos, com até 15 postulantes ao Legislativo cada um.
O candidato afirmou que para ser prefeito é preciso saber qual é a missão, a exemplo de qualquer empresa ou instituição, que enfoca um propósito. “Foz do Iguaçu tem um potencial enorme. Defini que a minha missão na prefeitura será a de criar oportunidades de emprego para a população”, sublinhou.
A administração, prosseguiu, deverá agilizar processos para facilitar às empresas que queiram instalar-se na cidade, inclusive com abertura de firmas pelo celular, realçou. Defendeu os investimentos da iniciativa privada para o desenvolvimento, sobretudo para os setores de infraestrutura, e o uso de parceria público-privada e concessões.
“Vamos criar um instituto para atuar com planejamento de longo prazo, enxergando Foz do Iguaçu lá na frente, pensando para daqui a 30 anos”, expôs General Silva e Luna. E ressaltou o apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) à sua candidatura. “Ele assumiu um compromisso de apoio total conosco pelo potencial de Foz do Iguaçu, o que nenhuma outra cidade tem”, complementou.
Futuro do Hospital Municipal
Perguntado sobre a proposta de federalização do Hospital Municipal, comentou que a medida tem vantagens e desvantagens. A favor, citou o valor que a prefeitura deixaria de desembolsar para custear a unidade. “A desvantagem é que o município perde a capacidade de gerenciamento hospitalar. Para onde eu mando um paciente que saiu da unidade de pronto atendimento?”, indagou. E mencionou que pretende incluir o estado na discussão.
A vida me colocou esse desafio, para o qual tenho experiência e estou preparado, a exemplo de tudo o que nós conseguirmos fazer na Itaipu.
Em sua avaliação, estudantes de Medicina no Paraguai, majoritariamente brasileiros, hoje têm dificuldades em realizar residência médica. O hospital universitário poderia suprir essa demanda. E declarou que os funcionários atuais, em eventual mudança no modelo de gestão do hospital, terão seus empregos 100% preservados. Na saúde, adicionou, comprometeu-se em ampliar o horário e os serviços das unidades básicas.
Prefeitura e Câmara
Na entrevista, General Silva e Luna foi questionado sobre como projeta a relação política entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores, instituição que além de criar leis tem como uma das principais funções fiscalizar o gestor e seus auxiliares. Isso porque o apoiam atuais vereadores que mantiveram relação próxima com o governo de Chico Brasileiro, acompanhando o Executivo nas votações.
“Os poderes são independentes, isso tem que existir, o que não quer dizer que a gente não possa trabalhar juntos”, respondeu. “Minha ideia é, pelo menos uma vez por mês, falar com os vereadores.”
Problemas antigos
O candidato lembrou que a cidade enfrenta problemas que se arrastam por anos, elencando infraestrutura, educação e previdência do funcionalismo, e frisou que o maior deles, o gargalo, é na saúde. Ele concluiu contando ter sido convidado a ser candidato a prefeito de Foz do Iguaçu. “A vida me colocou esse desafio, para o qual tenho experiência e estou preparado, a exemplo de tudo o que nós conseguirmos fazer na Itaipu.”
Bio
Nascido em Barreiros, Pernambuco, General Silva e Luna estudou em colégio agrícola e cursou a Academia Militar das Agulhas Negras, seguindo a carreira militar, em engenharia. Por cerca de 30 anos, atuou na Amazônia, no setor de infraestrutura. Serviu em outros países, foi ministro da Defesa e presidiu a Itaipu Binacional e a Petrobras. Casado, é pai de três filhos.
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