O H2FOZ e a Rádio Clube FM pediram aos sete candidatos à Prefeitura de Foz do Iguaçu que avaliassem o primeiro turno da corrida eleitoral na Terra das Cataratas.
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A pergunta formulada foi: “Senhor candidato, qual é a sua avaliação da campanha neste primeiro turno, destacando pontos positivos e pontos negativos. E qual a sua perspectiva para a votação no domingo?”
As respostas (algumas diretas e objetivas, outras nem tanto) foram enviadas em áudio, com limite de três minutos de duração, e veiculadas na íntegra na edição deste sábado (5) do programa Marco Zero, que vai ao ar das 10h às 12h.
Confira, abaixo, o que disse cada candidato (em ordem alfabética):
Airton José – 40 – Foz de Toda Gente (PSB, PT, PCdoB, PV, PDT, Avante)
“Foi tranquilo, importante, tivemos a oportunidade de circular por todos os pontos de Foz do Iguaçu. Além do contato com a população, tivemos também o contato com os representantes de vários setores da sociedade organizada e pessoas ligadas diretamente às questões sociais do município, já que essa é a nossa maior preocupação no primeiro ano de gestão.
Por outro lado, tivemos como ponto negativo a falta de debates, foram muito poucos os realizados. E o debate serve para o enfrentamento de ideias, para que nós questionemos as ideias que são apresentadas e possamos esclarecer à população sobre tudo aquilo que pretendemos, num embate direto com os nossos adversários.
Para domingo, o que nós esperamos é que a eleição transcorra dentro da normalidade, com todas as candidaturas respeitando a legislação, para que o eleitor possa exercer, sem pressão, o direito sagrado do voto.”
General Silva e Luna – 22 – Foz em Primeiro Lugar (PL, Republicanos, PSD, Solidariedade, Novo, PRD)
“Antes de mais nada, quero agradecer a todos que têm nos acompanhado durante essa jornada do primeiro turno. Esta campanha foi, sem dúvida, um período intenso, de muito aprendizado, troca de ideias e aproximação com a sociedade.
Em termos de pontos positivos, acredito que conseguimos transmitir nossa mensagem com clareza, trazendo para o debate temas que são fundamentais para a nossa cidade, como a necessidade de levar, de forma eficaz, os serviços públicos aos bairros. Recebemos bastante apoio em visitas, eventos e, claro, nas redes sociais, onde sentimos o carinho e a confiança das pessoas.
Por outro lado, como acontece em todo processo democrático, também enfrentamos desafios. Um dos principais pontos negativos foi lidar com dificuldades como a desinformação e as fake news, que em muitos casos desvirtuaram o foco dos discursos importantes.
Agora, olhando para o domingo, estamos confiantes. Acredito que conseguimos construir uma relação de confiança com os eleitores e que a nossa campanha apresentou uma alternativa para o futuro da nossa cidade. Esperamos uma votação pacífica e ordeira.”
Jurandir de Moura Latinha – 18 – Federação PSOL/Rede
“Muito obrigado a cada amigo que esteve comigo e às vezes não pôde estar muito tempo, porque esses são trabalhadores e o tempo é curto, mas de certa forma me ajudou falando de mim para o vizinho, no trabalho, e até mesmo compartilhando a minha fraca rede social, que eu não tenho dinheiro para impulsionar.
Sei que vou entrar para a história como o candidato a prefeito, junto com cinco vereadores, com um partido que tem quase R$ 36 milhões de fundo partidário, mas que não mandou nem um centavo. Eu vou entrar para a história como o único candidato a prefeito que andou a pé, de transporte público e de aplicativo nessa cidade.
Então, seja qual for o resultado, e, claro, eu espero que seja o melhor, que me leve para o segundo turno, mas a gente quando sai em uma eleição que tem sete candidatos e só se elege um, a gente sabe que sai mais para perder, principalmente com esse sistema financeiro que tem, que é injusto com os candidatos honestos e que não têm estrutura.
Eu só tenho a agradecer ao eleitor e pedir que domingo lembre, principalmente você eleitor da periferia, que você não deve mais votar no seu opressor, e sim no oprimido igual a você.”
Paulo Mac Donald – 11 – Viva Foz do Iguaçu (Progressistas, Podemos, Mobiliza, Agir)
“Cada campanha tem uma peculiaridade, tem características específicas. Essa é estranha, porque vem um candidato de fora, com pouquíssimo tempo na cidade, tem o apoio de pessoas fortes na política local […] e está aí conseguindo o apoio de muita gente.
Mas eu estou satisfeito com a receptividade que a gente está tendo em todos os cantos da cidade, em todos os locais. As pessoas lembram de ações desde que eu era engenheiro, presidente da associação dos construtores, desde que eu era vereador, e aí os oito anos como prefeito, que eu andei na cidade inteira. Nós demos um salto na saúde, na educação, na infraestrutura. Fizemos distrito industrial com 1,2 milhão de metros quadrados.
Em suma: eu estou confiante em um resultado agradável. Caso contrário, iremos para o segundo turno prontos para discutir e aí nós vamos ter igualdade.”
Samis da Silva – 45 – Foz para Todos (PSDB, Cidadania, MDB)
“Estamos na reta final da nossa campanha. Antes de tudo, quero expressar minha profunda gratidão a cada um de vocês. O carinho, a confiança e o apoio que recebi nas ruas me motivam todos os dias a lutar por Foz do Iguaçu.
Ao longo desta campanha, pude ouvir os anseios e as preocupações de cada cidadão. Vocês estão cansados de promessas vazias e do descaso que enfrentamos. E é por isso que estou aqui, para afirmar que juntos podemos e vamos mudar essa realidade.
Em 2001, quando assumi a prefeitura, coloquei a casa em ordem e tirei Foz do Iguaçu da crise. Com a mesma determinação, estou pronto para fazer isso novamente, com mais experiência e um renovado entusiasmo. Estamos prontos para transformar nossa cidade em um lugar onde todos possam viver com dignidade e qualidade de vida.”
Sergio Caimi – 35 – PMB
“Foi uma campanha limpa, uma campanha transparente, uma campanha na qual eu e a minha vice, Juçara Andrade, levamos a nossa mensagem para o eleitor. Discutimos as nossas propostas de governo cara a cara com o eleitor, apresentando, fundamentalmente, o que o eleitor quer de um novo gestor.
Ouvimos as pessoas, ouvimos todos aqueles que nos procuraram também pelas redes sociais e nos mandaram mensagens. E isso foi um ponto muito positivo, fizemos uma campanha orgânica, de santinho na mão, uma campanha de sola de sapato. Nós gostamos do nosso trabalho e certamente teremos no dia 6, domingo, um bom resultado, uma votação expressiva.
Agora, por outro lado, não tivemos recursos financeiros do fundão, não tivemos tempo de televisão, e não é que isso prejudicou, mas o candidato fica em desvantagem. Isso, realmente, é um ponto negativo. Mas estamos muito confiantes de que vamos, sim, fazer uma expressiva votação e acreditamos que vamos chegar ao segundo turno.”
Zé Elias – 44 – União Brasil
“Como toda campanha eleitoral, a nossa aqui em Foz teve seus altos e baixos, e isso é normal na democracia. Mas quero começar destacando os pontos que, ao meu ver, foram os mais positivos. Tivemos a imprensa, felizmente, atuando de forma imparcial, com alguns poucos veículos falando inverdades em nome da liberdade de expressão. Houve espaço para debates, entrevistas e para levarmos nossa comunicação aos eleitores.
Tivemos um início de campanha com ânimos acirrados e com um considerável risco de termos um cenário de ofensas pessoais e conflitos vergonhosos. Mas o tempo deu conta de estabilizar o tom dos candidatos. Também aproveito para agradecer e parabenizar os eleitores, porque fomos extremamente bem recebidos pela população em todas as regiões e bairros de Foz do Iguaçu.
Já como pontos negativos, não tenho como deixar de citar a questão da insegurança jurídica, pois temos candidatos inelegíveis, que recorreram e conseguiram continuar na corrida eleitoral, o que gera confusão na população e indignação de muitos iguaçuenses. Também considero que foi muito embaraçoso ter nossas propostas copiadas por outros candidatos. Se, de certo modo, ficamos felizes em perceber que nossas ideias estão sendo bem aceitas pela população, ficamos aborrecidos pela falta de ética e também por estarmos diante de um possível movimento demagógico, pois não há como ficarmos desconfiados de que essa aderência às nossas ideias por parte dos concorrentes seja um ato de oportunismo.
Temos uma boa perspectiva sobre a votação de domingo, tanto que percebemos nas ruas um apoio muito forte às nossas propostas, quanto pelo fato de que acreditamos que esse pleito será pautado pela tranquilidade e pelo respeito às leis e regras do TSE.”
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