Candidato a prefeito de Foz do Iguaçu pela coligação Foz de Toda Gente, Airton José (PSB) foi entrevistado na sabatina Dois em Um, parceria do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9, nessa segunda-feira, 2. Os programas têm uma hora de duração, tempo igual aos sete prefeituráveis nas Eleições 2024.
Assista à entrevista:
Airton José detalhou o seu plano de governo e enfatizou as principais propostas. Perguntado sobre quanto pretende gastar em sua campanha eleitoral e as origens do recurso, disse que ainda não possui um valor definido, mas que ficará abaixo do máximo permitido pela Justiça Eleitoral – R$ 2,3 milhões e R$ 948 mil no primeiro e segundo turnos, respectivamente.
Suas propostas incluem ações de relação direta com as políticas públicas, como saúde, educação, transporte, moradia e meio ambiente, e as demais, que considera inovadoras, para que “Foz do Iguaçu seja vista como uma cidade global”, afirmou. Advogou pela necessidade de gestão eficiente, governo próximo da comunidade e orçamento participativo, e incluiu a pauta das mudanças climáticas.
Ele também defendeu o aumento da base econômica com a atração de novos empreendimentos para gerar mais melhorias no município. Contextualizou a importância dos investimentos públicos no turismo e de se qualificar cada vez mais as políticas públicas no setor. Enumerou a força do setor comercial e citou a inovação como aliada do desenvolvimento.
“Nosso comércio é bem estruturado, tem um público de um milhão de consumidores no entorno”, elencou. “Podemos também nos tornarmos referência de consumo nessa área, então, quando nós olhamos para essas novas possibilidades”, sublinhou Airton José.
O candidato pretende avançar com as oportunidades vinculadas à logística e ao comércio internacional. Citou que a matéria-prima que segue para outras cidades e estados poderia ser transformada em Foz do Iguaçu, com uma zona de processamento de exportação.
Federalização de hospital
O candidato a prefeito defende a federalização do Hospital Municipal e a implantação de um estabelecimento universitário de saúde, a cargo da Unila. “Nós vamos ganhar mais ou menos R$ 120 milhões a R$ 130 milhões no ano para investimentos na saúde na base, na porta de entrada, nas consultas especializadas e nos exames. E também para obras”, realçou.
Nós vamos ganhar mais ou menos R$ 120 milhões a R$ 130 milhões no ano para investimentos na saúde na base.
Questionado se considera a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – apontada para assumir a gestão do hospital – em condições de oferecer atendimento de qualidade à população, avaliou que o modelo que está sendo pensado em Foz do Iguaçu é diferente do adotado em outras cidades. Reiterou o papel da Unila em eventual novo modelo de gestão.
“Nós [prefeitura] vamos cuidar das questões relacionadas à saúde básica, aos exames especializados. Nós vamos cuidar do atendimento das nossas crianças”, declarou. “O recurso vai para o pronto-atendimento infantil, que já passou da hora de a gente contar com essa estrutura aqui em Foz do Iguaçu”, propôs Airton.
Prefeitura e Câmara
Segundo o candidato, ele pretende manter um tratamento respeitoso com a Câmara de Vereadores. Indagado sobre essa independência entre os poderes na prática, por ter como apoiadores vereadores da atual legislatura que deram sustentação ao governo de Chico Brasileiro (PSD), Airton José reportou que “diálogo é a construção da política, e a interlocução na Câmara é necessária”.
“Estado necessário”
No Dois em Um, o prefeiturável defendeu a conexão entre desenvolvimento social e econômico, bem como as funções da prefeitura para fazer a cidade crescer e promover a qualidade de vida. E que está acima da dicotomia entre Estado máximo ou mínimo. “Nós temos que pensar em um Estado necessário. O poder público tem funções sociais importantíssimas de equilíbrio, e a gente não pode abrir mão disso”, concluiu, comprometendo-se com uma administração para todo os segmentos.
Bio
Airton José mora em Foz do Iguaçu há 43 anos, é casado, tem três filhos e dois netos. É comunicador, atuando em rádio e televisão a partir da segunda metade da década de 1980. Exerceu cargos públicos em níveis municipal, estatual e federal. Também é advogado.
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