Candidato a senador foi entrevistado pela jornalista Denise Paro na série 2 em 1, do H2FOZ e Rádio Clube FM 100.9.
O candidato ao Senado Federal Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que, se eleito, estará envolvido nos grandes projetos nacionais para destravar a economia. “Mas com um olhar local, assumindo o compromisso de ser um senador itinerante.” Citou ainda demandas na área da saúde. “Um problema crônico por conta da defasagem da tabela do SUS.”
Acompanhe a entrevista:
Moro disse que sua campanha está pautada em cinco linhas de atuação: combate à corrupção e segurança pública, que considera ser suas bandeiras históricas; geração de emprego e renda; saúde; e educação, área da liberdade dos indivíduos e dignidade das famílias.
O candidato frisou o potencial turístico de Foz, com chances para tornar-se “Capital do Mercosul”. “Mas tem limitações que atrapalham, como falta de segurança jurídica e previsibilidade nas lojas francas”, observou. “O modelo de pedágio anterior, que onerou o motorista e o escoamento da produção, encareceu o custo Paraná, não pode ser repetido”, salientou.
Moro mencionou a necessidade de aprofundar a integração do Brasil no Mercosul, hoje estagnada. “As fronteiras são vistas como fontes de problemas, mas podem ser vistas como fontes de oportunidades”, destacou o candidato, ao mencionar a diversidade cultural e as transações comerciais.
Sobre as emendas de relator e orçamento secreto, falou ser contrário. Para ele, tem de haver transparência. Além disso, os recursos são pulverizados e elimina-se a capacidade da União de fazer grandes investimentos. “A ponte de integração é uma obra meritória do governo, mas quem está financiando é a Itaipu, não o governo federal. Cadê as grandes obras do governo?”, indagou.
Segundo Moro, sua campanha vai mostrar seu papel na Operação Lava Jato e como ministro da Justiça. “Há um certo apagão no Senado nos últimos anos”, declarou. Moro não se pauta em pesquisas e justifica que elas têm metodologias diversas e apontam resultados contrastantes. “Ainda tem chão. Nem começou o programa eleitoral”, comentou.
O candidato foi um crítico do aumento do fundo eleitoral, entretanto usará o recurso público em busca de voto. Disse defender a sua redução e que o mecanismo foi criado contra a “promiscuidade” do setor empresarial nas eleições. Moro alegou que todos seus adversários usam e, se ele abrir mão, sairá em desvantagem em relação aos concorrentes.
Sobre o patrimônio declarado de R$ 1,6 milhão e valores em conta no exterior, considera as críticas como bobagens. De acordo com ele, os valores que recebeu fora do país foram com carteira assinada e que contribui com o Imposto de Renda também nos EUA. E, portanto, seu patrimônio é compatível.
Perfil
Sergio Moro (União Brasil) é ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Tem 50 anos, é casado e pai de dois filhos.
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