Concorrendo pelo PTB e sob a bandeira conservadora, candidato diz que foi filiado mas não militou no PT, em entrevista para o H2FOZ e Rádio Clube FM.
O candidato a deputado estadual Ranieri Marchioro (PTB) concedeu entrevista ao H2FOZ, na série “2 em 1”, nesta quarta-feira, 17. Destacou suas áreas de atuação, troca de siglas, patrimônio e fundo eleitoral. A conversa foi intermediada pelo jornalista Alexandre Palmar e o radialista Moacir Júnior.
Acompanhe a entrevista:
Marchioro disse que, se eleito, quer manter bom relacionamento com todas as instâncias e que nota deficiências de toda a ordem, como na segurança pública, saúde e educação. “Quero exercer fiscalização rigorosa”, frisou.
Assegurou também não ver em Foz do Iguaçu investimentos, com exceção do governo federal, e que não percebe quase nada de retorno do estado ou parlamentares. Que, caso eleito, não vai levar em consideração siglas partidárias. “Depois da campanha é esquecer bandeira partidária.”
Na sua percepção, o governador Ratinho não tem adversário à altura. “No mínimo dois candidatos seriam seus opositores, os demais não têm preparo suficiente.”
Marchioro defendeu que policiais militares e civis são classes especiais que precisam de melhores condições de trabalho, os quais têm reclamado muito. “Ao menos nas viaturas, o para-brisa deve ser blindado, com coletes adequados, melhor comunicação e armamento.” Citou também os professores, que precisam de melhores condições para exercer suas atividades.
Indagado pelo jornalista Alexandre Palmar sobre sua filiação ao PT no ano de 2000, justificou que logo depois pediu a desfiliação. Mas só foi dar-se conta de que isso não ocorreu em 2018. Nesse ano era presidente da executiva do PSL em Foz. Também afirmou que deu uma resposta mal dada quando, em entrevista no passado, disse ter mantido a filiação até 2007, por conta de trabalho prestado à Itaipu, a pedido de um diretor.
Salientou que vai pedir voto para Bolsonaro e não para o presidenciável de seu partido, Roberto Jefferson, que cumpre pena domiciliar, em razão de envolvimento no caso do “Mensalão”. “É uma candidatura estratégica de apoio a Bolsonaro para que Roberto Jefferson use o espaço eleitoral para fazer uso da palavra”, explicou.
Palmar perguntou ao candidato sobre a diminuição do patrimônio declarado em 2020, que caiu de R$ 9,4 milhões para R$ 1 milhão. Marchioro respondeu que o primeiro montante foi com base no que ele acha que vale como valor de mercado. Mas que, neste ano, ele apresentou o valor declarado no Imposto de Renda.
Sobre aceitar ou não as verbas do fundo eleitoral, vai fazer uso sim. “Não dá pra jogar descalço enquanto o outro está de chuteira.”
Perfil
Ranieri Marchioro foi transferido para Foz do Iguaçu em 1985 e estabeleceu residência no início dos anos 1990. É cirurgião-dentista, empresário, professor e militar da reserva. É casado com a pastora Rosana Marchioro e tem três filhos.
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