Dilto Vitorassi – OPINIÃO
Enxergamos com preocupação a situação da epidemia da dengue na nossa cidade, que parece não ter solução e estar fora de controle. A gravidade do momento é ainda maior quando se percebe que as autoridades municipais não estão agindo com os devidos esforços, apontando sinais claros de que não estão fazendo o combate à altura que o problema requer.
São hospitais colapsando, falta de leitos, pessoas sem ter onde recorrer e com a maior incidência da história de trabalhadores impedidos de comparecer ao serviço, acometidos pela doença, perdendo somente para a covid-19.
A omissão do município, de combater o mosquito Aedes aegypti, no tempo certo, preventivamente, fez com que a cidade descesse ao caos, uma vez que a dedetização já não faz mais efeito. É necessário lembrar que apontamos mecanismos por meio da Lei nº 2497, de 19 de dezembro de 2001, atualizada recentemente pela Lei nº 5119/2022, em que a prefeitura criaria um programa para resolver o problema dos terrenos baldios.
Seria no sentido de o município requerer os lotes à iniciativa privada como comodato, bem como aplicar a mesma metodologia nas áreas públicas ociosas. Nestes espaços se desenvolveria um grande projeto hortifrutigranjeiro e plantio de grama esmeralda, paineiras e outras mudas de árvores para suprir a necessidade do município.
Com esse programa, os trabalhadores da reciclagem cuidariam desse cultivo e assim se beneficiariam com mais uma fonte de renda. Os hortifrutigranjeiros seriam comprados para enriquecer a merenda escolar. As paineiras, a grama esmeralda e as outras mudas de árvores seriam para agregar ao paisagismo da cidade.
A grama esmeralda deveria ser utilizada na área de servidão, entre a calçada e o limite do lote substituindo a vegetação alta que precisa ser cortada a cada 30 dias. A grama também precisa ser podada, porém com uma periodicidade mais longa e sua poda poderia servir para a criação de animais herbívoros.
A saúde pública se faz preventivamente, com limpeza pública, fim do esgoto a céu aberto e com a manutenção dos mananciais, o mais rápido possível para que assim possamos seguir a vida em paz. Dentro desta lógica, conclamamos para que as autoridades cumpram a tarefa de combater o mosquito iniciando um programa eficaz urgente, bem como ações de médio e longo prazo.
Diga não à inércia. Vamos prevenir e não remediar!
*Dilto Vitorassi é ex-vereador de Foz do Iguaçu e presidente do Sindicato dos Rodoviários.
**Título dos editores.
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