Pedido para adiar exercício policial às vésperas do pleito e campanhas de orientação estão entre as ações.
O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) reforçou ações de monitoramento na eleição em Foz do Iguaçu, neste segundo turno que decidirá nas urnas o presidente da República. O objetivo é contribuir para o equilíbrio e a lisura da disputa, prevenindo e combatendo eventuais abusos.
Em uma das ações, o CDH requereu aos juízes eleitorais para que atuem pelo adiamento dos exercícios policiais programados pelo 14.º Batalhão de Polícia Militar (BPM) às vésperas da eleição, em 27 e 28 de outubro. A ação prevê interdições de ruas nos bairros Shalon, Porto Meira, Vila Yolanda e área rural, utilizando tiros de festim e explosivos.
A entidade justifica o pedido à Justiça Eleitoral afirmando que no atual momento, em que há “tensionamento e radicalização” pela disputa política, operações como a prevista em Foz do Iguaçu, a dois dias do pleito, poderiam “assustar eleitores, ampliando clima de tensão às vésperas da eleição presidencial”, enfatiza.
Campanhas
O Centro de Direitos Humanos de Foz do Iguaçu também atua em conjunto com sindicatos laborais para esclarecer e informar sobre o “assédio eleitoral”, explicando a ilegalidade da prática e divulgando o canal de denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O Paraná é um dos estados que concentram o maior número de ocorrências relatadas.
Trata-se de “conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações”, define o órgão. A finalidade é a de “obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”, expõe o MPT. O órgão mantém um canal de denúncia no seu site: mpt.mp.br.
Outra iniciativa difunde, principalmente pelas redes sociais e ferramentas de mensagens, a proteção a crianças e adolescentes durante o período eleitoral. A intenção, diz o CDHMP, é evitar o que se considera ser a “sistemática campanha que busca a normatização do machismo e da pedofilia”.
Para os ativistas em direitos humanos, é preciso coibir falas sexistas e desrespeitosas, como a do “Presidente da República em relação a adolescentes em estado de vulnerabilidade”. O questionamento faz menção a uma entrevista do agente político relatando situação ocorrida na região de Brasília (DF).
A entidade relembra campanhas públicas que empreendeu contra a violência e a exploração sexual infantojuvenil, e clama às autoridades. “Principalmente ao prefeito, à Câmara Municipal, ao MP e Polícia Federal, que a fiscalização seja retomada e voltemos a realizar campanhas de conscientização”, finaliza.
CDHMP – Monitoramento das Eleições 2022
Telefone: (45) 3025-4947
E-mail: cdhfoz@gmail.com
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