Acadêmicos do curso de Serviço Social da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) iniciaram paralisação, na noite dessa segunda-feira, 18, cobrando a oferta de mais professores. Aprovado em assembleia, o movimento é por tempo indeterminado.
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O protesto dos estudantes é coordenado pelo Centro Acadêmico. Conforme a entidade, são apenas seis professores para todo o curso, que tem mais de 300 discentes, problema que se arrasta desde 2015, há oito anos, quando a formação foi implantada na Unila.
Entre as dificuldades enfrentadas estão o cancelamento de disciplinas, o atraso dos estágios e a falta de orientador para trabalhos de conclusão de curso. Outro ponto é a sobrecarga dos docentes, pois dois dos seis têm carga horária reduzida e uma professora é substituta.
Serviço Social da Unila
A carência de professores prejudica a prática de estágio principalmente para as turmas que iniciariam essa atividade no próximo semestre. Além dos problemas de ensino e das incertezas no momento da conclusão de curso, outras áreas são prejudicadas.
“Temos poucos projetos de pesquisa e extensão, que acabam não abrangendo todos os alunos”, reporta ao H2FOZ o Centro Acadêmico de Serviço Social (CASS). “Além disso, a falta de professores acaba sobrecarregando e adoecendo as atuais professoras e os alunos”, reforça.
A entidade de representação estudantil ainda reclama do que considera ser “ausência de um retorno” sobre essa pauta. Por isso, a deliberação em assembleia “tem como objetivo pressionar a administração da universidade a tomar medidas concretas”, expõe o CASS.
“Tentamos contato [com a reitoria] através de e-mail para marcar uma reunião, mas éramos sempre encaminhados para outros setores”, ressalta o Centro Acadêmico. “E só tivemos a oportunidade de ter direito a uma reunião após a divulgação da paralisação”, conclui.
O que diz a reitoria
Em nota, a reitoria da Unila afirma solidarizar-se com os estudantes e que durante a semana busca soluções a fim de “evitar os prejuízos para o semestre em andamento”, cita. A direção escreve no documento entender como legítima a demanda, colocando-se à disposição.
“A gestão da Universidade esclarece que está trabalhando para que as vagas docentes efetivas sejam enviadas pelo Ministério da Educação”, menciona o documento da reitoria. Enquanto isso não ocorre, compromete-se em abrir duas vagas de professores visitantes e em contratar docente substituto mediante concurso em andamento.
Esses procedimentos, pela nota, estão previsto para 8 de novembro. “Já o edital para provisão de professores visitantes será organizado da maneira mais ágil e desburocratizada, atendendo o previsto na legislação, com previsão de contratação para dezembro de 2023”, conclui a reitoria da Unila.
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