Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a diretoria brasileira de Itaipu criou um grupo de trabalho (GT) para estudar alternativas para a conclusão do Campus Niemeyer, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). A obra, situada na Região Norte de Foz do Iguaçu, está paralisada desde 2014.
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Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o complexo de edifícios, que ocupa um espaço no antigo canteiro de obras de Itaipu, teve a construção paralisada após disputas judiciais entre o governo e o Consórcio Mendes Júnior/Schahin, vencedor da licitação orçada em R$ 241 milhões. Conforme o balanço, os trabalhos foram interrompidos com 42% de execução.
O grupo, que terá quatro meses (contados a partir de maio) para apresentar o relatório, é coordenado pela assistente da diretoria-geral brasileira e ex-professora da Unila, Gisele Ricobom. Já a equipe técnica é composta por representantes das diretorias Jurídica e de Coordenação da binacional.
“Já temos a decisão política, que é a retomada da obra. Cabe ao grupo apresentar alternativas técnicas e jurídicas para que os gestores possam adotar a melhor decisão”, disse Ricobom, mencionando três linhas de estudo simultâneas: análise jurídica, avaliação técnica das edificações e encaminhamentos administrativos preparatórios da licitação.
Segundo Itaipu, a questão jurídica envolve o relacionamento da binacional com as demais instituições envolvidas na construção, como o Ministério da Educação (MEC), a universidade e o escritório que administra o legado do arquiteto Oscar Niemeyer, falecido em 2012, aos 104 anos.
Na parte técnica, a Superintendência de Obras de Itaipu e o corpo de engenheiros da Unila realizarão um estudo sobre as edificações já construídas, para avaliar o que é necessário para a retomada com segurança. Segundo a coordenadora, “a obra recebeu medidas protetivas que impediram um grau de desgaste relevante, mas que precisa ser verificado”.
O grupo também fará um levantamento do custo necessário para concluir o campus, considerando as diferentes alternativas. Para isso, Itaipu informa que uma empresa de engenharia, especializada nesse tipo de serviço, está sendo contratada.
“O GT não vai encaminhar uma solução única, mas subsidiará estudos para variadas soluções, especialmente aquelas que conjuguem a economicidade e a manutenção do projeto arquitetônico, resguardada a segurança jurídica de todo o processo de retomada de uma obra desta magnitude”, afirmou Ricobom, citada pela assessoria da binacional.
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