Professores da Unila se juntam aos técnicos e deflagram greve

Recomposição salarial e reestruturação da carreira são algumas das reivindicações nacionais da categoria.

A Assembleia Geral Docente da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) deliberou, nessa terça-feira (14), a deflagração da greve da categoria. Com isso, os profissionais que atuam no campus da universidade instalada em Foz do Iguaçu se juntam ao movimento nacional em luta por reivindicações como recomposição salarial e orçamentária das universidades, acumuladas desde 2016, reestruturação da carreira e revogação de medidas como a Instrução Normativa 66/2022, que limita promoções e progressões funcionais de docentes.

De acordo com nota divulgada pela Sesunila (seção do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – Andes), após a decisão da categoria, foi constituído o comando local de greve, que será responsável pela organização de atividades, convocação de assembleias e comunicação com a reitoria e a comunidade acadêmica.

O comando local deverá convocar periodicamente assembleias para avaliação de eventuais propostas do governo em relação às reivindicações e para o debate sobre o andamento das atividades de greve na cidade.

A nota ressalta ainda que, de acordo com a legislação, deve-se esperar 72 horas entre a decisão de deflagrar a greve e a paralisação efetiva, e que, por essa razão, a greve só terá início na próxima segunda-feira (20). Antes disso, a categoria continuará com as atividades acadêmicas regulares previstas no calendário da Unila.

Negociação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se reúne na manhã desta quarta-feira (15), em Brasília, com o Andes para tratar das reivindicações da categoria.

De acordo com Fran Rebelatto, professora da Unila e secretária-geral do Andes-SN, a expectativa é de avanço nas pautas do movimento. “Vivemos uma situação de precariedade das condições para que estudantes possam permanecer nas universidades sem auxílios devidos, para que possamos desenvolver pesquisa e extensão voltados para a comunidade. Tudo isso depende de recursos, de condições de trabalho e de estudo. Nós não desejamos a greve, a greve se impõe como uma condição nesse momento para sermos ouvidos pelo governo, por isso esperamos ser ouvidos para retornarmos às nossas salas de aula”, destaca.

Situação dos TAEs

Na próxima terça-feira (21), será a vez de o ministério reunir-se com os representantes dos técnico-administrativos em educação (TAEs) das universidades federais.

No caso da Unila, os TAEs estão em greve há 64 dias, integrando o movimento nacional pela valorização dos trabalhadores da educação federal, que inclui 51 universidades e 79 institutos federais, entre eles o Instituto Federal do Paraná (IFPR), que possui um de seus campi em Foz do Iguaçu.

No dia 5 de maio, o Comando de Greve dos TAEs da Unila divulgou uma carta aberta à comunidade universitária, na qual informa a decisão de não realizar as matrículas para o primeiro semestre deste ano. Segundo a nota, essa decisão foi tomada após cuidadosa consideração do impacto que a realização, ou não, dessas atividades teria tanto para a assistência dos discentes quanto na mobilização da greve dos TAEs.

“Acreditamos que a gestão da Universidade possui responsabilidade e autonomia suficientes para manter os auxílios dos discentes, considerando que todos já estão cadastrados no sistema”, discorre o comunicado.

Confira a nota na íntegra em https://grevetaes.com.br/UNILA/blog/Carta-aberta-a-Comunidade-Universitaria-da-UNILA.

Reitoria: “Risco de 3 mil estudantes não serem matriculados”

Já nessa segunda-feira (14), a Unila divulgou, em boletim publicado no site institucional, que há um risco de mais de três mil estudantes não serem matriculados devido à greve.

Na nota, a reitoria informa que está fazendo todos os esforços para o cumprimento das etapas de criação dos componentes curriculares, disponibilização de matrículas online para veteranos e a matrícula compulsória dos estudantes ingressantes. Com isso, foi assegurado o ingresso de aproximadamente mil novos estudantes na universidade.

Porém, o que a reitoria alega é que não foi possível a realização da etapa final de processamento das matrículas dos veteranos até o presente momento, pois é uma função realizada pela área técnica da TI (Tecnologia da Informação), por meio de métodos específicos e não via funcionalidades do sistema SIGAA.

Confira o boletim na íntegra: https://portal.unila.edu.br/noticias/boletim-no-04-os-impactos-da-greve-na-unila.

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2 Comentários
  1. Marcelo Diz

    FAZ O L QUE PASSA ! # UMA COISA NÃO TEM NADA HAVER COM A OUTRA ?! NAO TAVA BAO COM O BOLSONARO!? NAO PODE TER GREVE ,VCS TAO GANHANDO SUPER BEM ,NAO É ??????

  2. Hdusk Diz

    Fazueli

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