A mobilização de professoras e professores da rede municipal de Foz do Iguaçu impediu a aprovação de projeto que liberava salário abaixo do piso previsto em lei. A proposta, do prefeito Chico Brasileiro (PSD), foi rejeitada na Câmara de Vereadores, com a pressão realizada pela classe.
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A menor remuneração do magistério no país é de R$ 4.580. Em Foz do Iguaçu, a prefeitura paga R$ 543 a menos aos docentes. Essa diferença entre os valores, o prefeito Chico Brasileiro queria pagar como completivo, não salário, o que resultaria em prejuízos para o conjunto de profissionais e iria “mascarar” a Lei do Piso Nacional da docência.
Explica-se: por não ser incorporado ao salário-base, o complemento não conta para benefícios como aposentadoria, 13.º salário e férias, além de o valor ser corroído conforme avança a carreira. E, ainda, se aprovado, não seria aplicado a todos os profissionais da rede municipal iguaçuense.
A direção Sinprefi, sindicato que representa a categoria, relatou, no início da tramitação da matéria, que a classe foi surpreendida com a apresentação do projeto por Chico Brasileiro, pois o assunto é uma das pautas da greve do ano passado. E considerou uma afronta à valorização profissional.
Piso salarial
“É importante deixar claro que nós reivindicamos o pagamento do piso nacional para todos os educadores”, expôs, agora, a residente do Sinprefi, Viviane Dotto. “Os vereadores votaram contra o completivo. Nós vamos acompanhar junto à gestão como será feita a regularização dessa pauta”, informou Viviane.
A Câmara informou que os vereadores derrubaram o projeto após entendimentos com a categoria. A sessão foi sábado, 6, por convocação extraordinária da mesa diretora, depois de adiamento da deliberação por pedido de vistas. Vereadores de oposição já tinham se pronunciado contra o projeto.
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