Eleito diretor-geral do campus de Foz do Iguaçu da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Sergio Fabriz antecipou ao H2FOZ as medidas que deverão ser as prioridades na sua gestão. Ele recebeu 92% dos votos válidos e irá substituir no cargo Fernando José Martins.
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O gestor pretende envolver os centros e colegiados de cursos para realizar análise abrangente da situação da evasão de alunos. Outra meta é a estrutura física do campus, que vem passando por reconstrução após vendaval que destruiu parte da edificação em 2021.
A intenção é reunir “centros e colegiados de cursos, a fim de realizar uma análise abrangente da situação da evasão de alunos”, disse. “O foco serão as graduações com maior redução de estudantes, para identificar os fatores e desenvolver estratégias para mitigar os impactos”, frisou.
À reportagem, Sergio Fabriz enfatizou o profissionalismo do quadro. “O que nos anima é que o corpo técnico e docente é de extrema qualidade e se mostrou resiliente para enfrentar esses dois grandes desafios”, pontuou.
Adicione-se à evasão a redução da procura de vagas no ensino superior público. Levantamento exclusivo do H2FOZ mostra que em dez anos o número de candidatos no vestibular da Unioeste/Foz diminuiu mais da metade, passando de 2.049 inscritos, em 2014, para apenas 909, em 2023 – tendência que também afeta os demais campi.
Novos cursos
Sobre novos cursos para o campus de Foz do Iguaçu, que não recebe graduações há mais de 20 anos, o diretor eleito afirmou que a prioridade será Psicologia. Essa formação, expôs, já foi aprovada nas instâncias deliberativas da universidade, como o Conselho de Campus.
“Esse curso vem de encontro com as demandas regionais”, declarou. “Em relação a outros cursos, com a implantação da LGU [Lei Geral das Universidades], será preciso rever os planos de expansão elaborados nos planejamentos precedentes.”
Formação de equipe
A reportagem questionou quanto aos critérios para a formação da equipe, que, segundo Sergio Fabriz, terá como prioridade a continuidade da gestão atual e que, em sua avaliação, vem funcionando bem. Ele foi eleito com o apoio do atual diretor do campus iguaçuense.
“A análise dos objetivos traçados será conduzida a partir de uma de contínua avaliação de objetivos e métricas”, disse. “A ideia é evitar mudanças abruptas que possam prejudicar a continuidade. Com isso avançamos no andamento dos projetos e processos em execução”, concluiu.
Nova lei das universidades
O futuro diretor da Unioeste/Foz expressou ter reservas quanto à abordagem que a Lei Geral das Universidades, a LGU, adota em relação aos cursos com baixa demanda. Para ele, professores e coordenadores sempre estão empenhados em aprimorar essas graduações.
“Há um esforço de gestão contínuo visando, por exemplo, melhorar e debater o problema da evasão”, salientou Sergio. “Contudo, essa é uma dificuldade não apenas da Unioeste, mas de todas as universidades brasileiras”, completou.
A pandemia de covid-19, analisa, impactou negativamente toda a sociedade, o mesmo ocorrendo nas instituições de ensino. Ele propõe amplo debate e transparência para que as universidades, estudantes e professores não sejam prejudicados pela norma.
“Acredito que o critério de avaliação não deveria se basear estritamente no número de alunos matriculados, mas também na qualidade dos profissionais que formamos”, sugeriu. “Tenho convicção de que os alunos formados pela Unioeste estão bem preparados para ingressar no mercado de trabalho e contribuir de forma positiva para a comunidade”, realçou Sergio Fabriz.
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