Prefeitura diz que volta às aulas foi segura; sindicato é contra e estuda medidas jurídicas

Alunos das séries iniciais de cinco escolas municipais de Foz do Iguaçu retomaram as atividades em sala.

A Prefeitura de Foz do Iguaçu afirmou que a volta às aulas presenciais nesta segunda-feira, 3, em cinco escolas do município, deu-se de forma tranquila e segura. O retorno gradual prevê limitação a 30% da capacidade do público das instituições.

Considerada um projeto-piloto, para eventual ampliação, a reabertura das escolas foi para alunos de primeiros e segundos anos do ensino fundamental. Educadores e estudantes fizeram testes para detectar covid-19 no fim de semana, todos com resultado negativo, segundo a prefeitura.

Representante dos profissionais da educação, o Sinprefi é contra a volta às aulas e afirma estudar medidas jurídicas. Para o sindicato, a retomada das atividades letivas em sala somente será segura para a comunidade escolar após a vacinação da população.

A entidade cita que Foz do Iguaçu soma 785 mortes por covid-19. Lembra que oito educadores perderam a vida para a doença, sendo sete professoras da ativa, desde fevereiro deste ano, quando foram retomadas as atividades pedagógicas presenciais.

As aulas presenciais estão ocorrendo nas escolas Josinete Holler, Papa João Paulo I, Jardim Naipi, Oswaldo Cruz e Princesa Isabel. Conforme a prefeitura, os protocolos determinam utilização de máscara, verificação da temperatura, distanciamento e uso de álcool em gel.

“Além do exame (RT-PCR) que alunos e funcionários fizeram, todos os protocolos estão sendo seguidos. As escolas estão sendo preparadas para este retorno desde o ano passado”, garantiu a secretária de Educação, Maria Justina da Silva. “As crianças estão contentes e muito cientes das medidas de prevenção”, disse.

Só com vacina para a população

As diretoras do Sinprefi, Marli Maraschin de Queiroz e Viviane Jara Benitez, estiveram em uma das escolas que retomaram as atividades. Elas conversaram com profissionais da educação e verificaram as medidas de segurança sanitária adotadas.

Paralelamente, informou a entidade por nota, foi acionada a “assessoria jurídica para que tome medidas judiciais para impedir a volta às aulas presenciais neste momento”. “O sindicato defende que as aulas presenciais sejam retomadas apenas quando houver possibilidade de vacina para toda a população”, completa o comunicado.

Nova resolução da saúde estadual

Com a Resolução nº 432, publicada na última sexta-feira, 30, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revogou a exigência de capacidade máxima de 30% de alunos frequentando as aulas presencialmente. Como principal restrição em vigor, está a obrigatoriedade de distanciamento.

Com efeito da mudança, escolas públicas e particulares podem retomar as aulas com todos os alunos em sala. As instituições, contudo, não poderão suspender atividades remotas para as famílias de alunos que optarem por esse formato de ensino na pandemia.

Conforme a Sesa, “verificou-se que a diversidade entre os espaços físicos de cada escola se controlaria melhor com normas de distanciamento entre alunos, amoldando-se aos casos concretos específicos”. A alteração foi com base na análise do cenário epidemiológico, sustenta o órgão estadual.

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