Passeata pede que investigação da morte de Viviane Jara seja concluída

Professora de 39 anos morreu em fevereiro, após cirurgia para a retirada do útero; familiares suspeitam de erro médico e falhas no atendimento.

Familiares, amigos, colegas de trabalho, representantes de entidades de classe e de movimentos sociais participaram, na manhã de sábado (26), em Foz do Iguaçu, de uma passeata para pedir a conclusão da investigação que apura as responsabilidades pela morte da professora Viviane Jara Benítez, ocorrida no dia 26 de fevereiro.

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Viviane era presidente do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi) e morreu no Hospital Municipal Padre Germano Lauck dez dias após passar por uma cirurgia de retirada de útero, realizada na mesma unidade hospitalar.

“Levei minha filha caminhando e, depois de dez dias, ela voltou num caixão”, disse Doraci Jara, mãe de Viviane Jara. Foto: Gentileza/Assessoria Sinprefi

Uma sindicância interna foi aberta pela fundação que administra o Municipal, que determinou, também, o afastamento do profissional responsável pelo atendimento. Até o momento, porém, o resultado do processo ainda não foi oficialmente divulgado.

“A passeata foi um protesto importante, porque, depois de seis meses, ainda estamos sem respostas. Uma cirurgia, que era para ser simples, nos tirou uma pessoa. Queremos justiça”, afirmou Viviane Dotto, atual presidente do sindicato.

A caminhada teve início em frente à sede do Sinprefi, na Vila Brasília. De lá, foram cerca de dois quilômetros até a frente do Hospital Municipal, onde uma comitiva composta por Dotto, familiares de Viviane e pela advogada da família foi recebida pelo presidente da instituição de saúde, André Di Buriasco.

Representantes dos manifestantes foram recebidos pelo diretor-presidente do Hospital Municipal, André Di Buriasco. Foto: Gentileza/Assessoria Sinprefi
Representantes dos manifestantes foram recebidos pelo diretor-presidente do Hospital Municipal, André Di Buriasco. Foto: Gentileza/Assessoria Sinprefi

Segundo Buriasco, “está sendo encaminhada uma perícia médica do prontuário para apurar se teve alguma situação de imperícia ou negligência de algum outro profissional, além do cirurgião”.

Solange Machado, advogada da família, defendeu que a conclusão da sindicância interna do Hospital Municipal é importante para embasar a ação promovida pelos familiares.

“Já sabemos que houve erro médico durante a cirurgia. O médico cortou a veia uterina, suturou a barriga e demorou muito para a reabordagem, gerando graves consequências. Por isso essa documentação complementar é indispensável, não podemos esperar mais”, reivindicou.

(Com informações da assessoria do Sinprefi.)

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