Duas acadêmicas indígenas se formaram na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, nas Três Fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai. As novas profissionais ingressaram na instituição em 2020, em seleção específica.
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A graduada Yanderi Josefina Fernandez Hernandez, do povo Wayuu, da Colômbia, agora é bacharel em Relações Internacionais e Integração. Já Ticuna Nekinha Coelho, da região de Alto Solimões (AM), recebeu o diploma em Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana.
Conforme a instituição, Yanderi e Nekinha são as primeiras que ingressaram via Processo Seletivo de Estudantes Indígenas (PSIN) a concluírem os cursos. São, portanto, da primeira turma desse programa, que oferta vagas para indígenas dos países da América Latina e do Caribe.
Reitora da Unila, Diana Araujo Pereira afirmou que a colação das estudantes representa um marco na promoção da diversidade e da inclusão. Representa, além da conquista das acadêmicas, o compromisso da instituição.
Esse comprometimento, ditou, é com a “valorização das diferentes perspectivas culturais dentro do ambiente universitário”, frisou. “Esperamos que as trajetórias acadêmicas da Yanderi e da Nekinha inspirem outros e outras estudantes indígenas a vir para a Unila”, convidou Diana.
A bacharel Yanderi já estuda para o mestrado “Essa decisão se baseia na importância de continuar aprofundando os conhecimentos relacionados à defesa dos direitos indígenas em âmbito local, regional e internacional”, contou.
O trabalho profissional como antropóloga é o objetivo de Nekinha Coelho está decidida a. “Estou focada em buscar oportunidades profissionais que me permitam aplicar os conhecimentos adquiridos durante minha formação”, narrou.
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