Governo nega reajuste para 2024 e faz nova proposta a professores federais

Em Foz do Iguaçu, os docentes da Unila e do IFPR integram movimento nacional. Agora, comando nacional da greve vai analisar se a paralisação continua.

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O governo federal rejeitou a reivindicação dos professores das instituições federais de ensino para 2024, em reunião realizada com a categoria nesta quarta-feira (15), mas apresentou uma nova proposta. Em Foz do Iguaçu, docentes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e do Instituto Federal do Paraná (IFPR) fazem parte do movimento nacional.

A nova proposta apresentada pelo Ministério da Gestão prevê aumentos que variam entre 13,3% e 31% até 2026, porém que só começariam a ser pagos no ano que vem, caso a proposta seja aceita.

Fran Rebelatto, professora da Unila e secretária-geral do Andes-SN, explica que esses índices mais altos são direcionados aos professores que estão entrando na universidade e que hoje correspondem a menos de 8% da categoria. “Também consideramos que estes reajustes não consideram a necessidade de reestruturação da carreira, mas reforçam a lógica de distorções entre os vários níveis. Infelizmente, o governo também não deu nenhum retorno sobre possibilidade de recompor os orçamentos das universidades, institutos e Cefets”, ressalta.

A categoria também pede o “revogaço” de medidas como a Instrução Normativa (IN) 66, criada em 2022, que limita promoções e progressões funcionais de docentes. Essa foi a quinta rodada de negociação da Mesa Específica Temporária de Carreira, que discute as demandas dos servidores. Até o momento, 54 instituições estão paralisadas.

O comando nacional de greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) informou que ainda vai debater o assunto e preparar as orientações a ser encaminhadas às seções sindicais.

Na próxima terça-feira (21), o governo federal ainda deve formalizar uma proposta de reajuste aos técnicos-administrativos em educação (TAEs), categoria que deflagrou uma greve antes mesmo dos docentes.

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