Estudantes de diversos cursos da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) decidiram suspender, em assembleia na noite de quarta-feira, 11, a paralisação e a greve que estava prevista para ocorrer. Os acadêmicos cobram investimentos federais e contratação de pelo menos 200 professores pelo Ministério da Educação.
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A descontinuidade do movimento foi por conta do período de fim de semestre, que será seguido de recesso de duas semanas, explicaram ao H2FOZ as lideranças estudantis. O calendário letivo na universidade está alterado devido ao período de restrição pela pandemia de covid-19.
“Decidimos suspender a paralisação com possibilidade de greve no início do próximo semestre, que começa dia 22 de novembro”, relatou Ricardo Augusto, do curso de Antropologia. Cerca de 600 universitários participaram da assembleia, com 316 votos pela suspensão do movimento e 265 pela continuidade.
Na paralisação de um dia, os alunos expuseram que o número insuficiente de docentes causa prejuízos à formação e aos projetos de pesquisa e extensão, sustentam os estudantes. É um fator que leva à desistência, engrossando o percentual de evasão, além de sobrecarregar os professores que hoje estão em sala de aula.
Com apenas seis docentes para mais de 300 discentes, o curso de Serviço Social mantém a mobilização pela contratação de mais profissionais à sala de aula, conforme o Centro Acadêmico, sem o que é difícil a formação e a conclusão do ensino. Os graduandos deflagraram o movimento há quase um mês, em 18 de setembro, fazendo greve em prol da pauta.
Durante a paralisação nesta quarta-feira, a reitoria da Unila enviou nota ao H2FOZ na qual afirma que, em relação à pauta dos estudantes, “se coloca à disposição para o diálogo e a busca de estratégias conjuntas, primando pela democracia nas relações entre servidores/as e estudantes”. O texto não expôs quais serão as formas para a busca das soluções.
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