Só três exemplares foram achados até hoje. Os três no Paraguai.
Que em pleno ano de 2022 ainda sejam encontradas espécies novas de animais, demonstra o pouco conhecimento que existe acerca da vida silvestre, a nível mundial, e no Paraguai, particularmente.
A opinião foi manifestada ao jornal paraguaio Última Hora pelo zóologo Paul Smith, da fundação “Para La Tierra” e pesquisador do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Paraguai.
Ele é um dos autores de um artigo publicado na prestigiosa revista científica “Zoosystematics and Evolution”, que revela o achado de uma nova espécie de serpente, encontrada no departamento de San Pedro, no Paraguai.
Paul Smith, Jean-Paul Brouard e Pier Cacciali deram ao novo réptil o nome de Phalotris shawnella, diferente das 15 espécies de Phalotrix existentes no mundo.
Segundo o jornal, o grupo de cientistas descobriu a serpente quando desenvolvia um projeto da fundação Para La Tierra, com colaboração de Guyra Paraguay e do Instituto de Investigação Biológica do Paraguai.
O primeiro achado de uma serpente da nova espécie descoberta foi quando cavavam um poço em Laguna Blanca.
“Identificamos instaneamente como algo diferente e fomos procurar mais (exemplares), porque para descobrir uma espécie se necessita de mais de um exemplar e comprovar que o que você tem não é uma mutação ou algo assim”, disse Smith.
Outro exemplar foi encontrado em Laguna Blanca e o terceiro na colônia Volendan, a 90 quilômetros dos primeiros achados.
As serpentes do gênero Phalotris têm em comum que vivem debaixo da terra e possuem uma combinação única de cores – vermelho, preto e amarelo. A cabeça é vermelha, com um colar amarelo, uma faixa lateral preta e manchas na barriga, que fazem dela a única da espécie, diz o pesquisador.
Os autores consideram a Phalotris shawnella uma espécie extremamente rara, e por isso consideram, em seu artigo, que está em iminente perigo de extinção.
Paul Smith considera que Laguna Blanca é uma região especial, que compartilha características com o Brasil Central. A área precisa ser declarada de proteção ambiental, para proteger essas espécies, segundo o cientista.
Comentários estão fechados.