Retomada das atividades estava prevista para a próxima semana; nesse período, começará a revisão de conteúdos prioritários de 2020, afirmou a Seed.
Embora não mencione a palavra adiamento, comunicado da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), nesta terça-feira, 9, na prática transfere a volta às aulas, que estavam previstas para a próxima semana. Conforme o órgão, trata-se da definição do cronograma para o início do ano letivo.
Assim, no próximo dia 18, começará “um grande reforço escolar na rede estadual de ensino, revendo conteúdos prioritários de 2020”. Segundo a Seed, essa reavaliação do aprendizado vai acontecer até o fim do mês, por meio do Aula Paraná, YouTube, aplicativo, Google Classroom e atividades impressas.
De 18 a 28 de fevereiro, as instituições de ensino serão abertas para toda a comunidade escolar, a fim de que ela compreenda melhor as medidas que serão adotadas dentro dos estabelecimentos de ensino durante a pandemia de covid-19, reportou a Seed. A partir de 1º de março, deverá ter início o “modelo híbrido”, em que parte dos alunos irá às escolas e outra parte estudará em casa.
“Nosso plano já previa alguns dias de treinamento. Tivemos um pedido de mais de dois mil diretores de mais alguns dias para prepararem as escolas com mais eficiência”, disse o secretário estadual da Educação, Renato Feder. “Também temos a organização do transporte escolar nos municípios, cujo pagamento será antecipado neste mês”, completou.
Ele defendeu a segurança das aulas em formato híbrido, apresentada pela Seed, mas fez menção à pandemia de covid-19. “Consideramos que é prudente esperar até o dia 1º de março para diminuir ainda mais os riscos”, afirmou Renato Feder.
Para aceitar o modelo híbrido (aulas presenciais e remotas), pais e responsáveis por estudantes da rede estadual precisam assinar um termo de compromisso, que está disponível no site educacao.pr.gov.br e nos próprios colégios.
Sem segurança para a volta às aulas
Conforme a APP-Sindicato, que representa os profissionais da educação pública no estado, a categoria posicionou-se contra a medida desde o anúncio de que as aulas seriam retomadas de maneira presencial. Os educadores frisam que não há segurança para o retorno dos profissionais e estudantes às escolas.
O retorno presencial das aulas é pauta da greve dos profissionais da educação aprovada em assembleia estadual, prevista para ser deflagrada no dia 18 de fevereiro. As reivindicações incluem itens trabalhistas e educacionais, além das condições sanitárias seguras para as atividades em sala.
“Ratinho Junior não fez a sua parte para viabilizar a vacina, ficando dependente unicamente das doses disponibilizadas muito lentamente pelo sistema nacional de imunização”, ressaltou o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez, ao anunciar a greve. “Sequer há previsão para iniciar a vacinação em educadores e estudantes”, complementou.
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