Quadro social e nota para as políticas públicas em Foz do Iguaçu

Veja a opinião do portal sobre a pobreza materializada nas ruas, semáforos, praças públicas e regiões periféricas iguaçuenses.

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A segunda pior nota que a gestão de Foz do Iguaçu recebeu em nova edição do painel de políticas públicas do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) é a da assistência social. O desempenho da prefeitura nessa área valeu a pontuação 5,51.

A nota é formada a partir das informações que a administração municipal precisa enviar ao órgão anualmente. A média atual, referente a serviços prestados e atividades realizadas em 2023, é ligeiramente maior do que a recebida no ano anterior, que foi de 3,90.

Dentro da estrutura governamental e dos gabinetes, os números e dados geram indicadores, avaliações institucionais e estatísticas. Na dialética da vida, são o retrato do real, materializado nas ruas, semáforos, praças públicas e regiões periféricas iguaçuenses: a pobreza campeia.

Se são necessários, pois, números para convencê-los. Foz do Iguaçu tem 22.072 famílias em situação de pobreza, inscritas no Castro Único de programas sociais federais. São 34.180 núcleos familiares na pobreza/ baixa renda, com renda per capita de meio salário mínimo por mês, e 26.162 famílias geram acima de meio piso nacional por pessoa.

Esses dados são da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do governo federal. Em junho, 22.275 famílias receberam o Bolsa Família em Foz do Iguaçu, o terceiro maior número no estado, atrás apenas da capital, Curitiba, e de Londrina, esta que tem mais de 500 mil habitantes.

Para dialogar com esses dados: Foz do Iguaçu obteve o distante 863.º lugar em Índice de Progresso Social (IPS), conforme trouxe reportagem do H2FOZ. Nessa análise, ficou no penúltimo lugar entre os dez municípios de maior população no estado.

Dos três eixos do IPS, que são como guarda-chuvas para dezenas de subitens, a dimensão “oportunidades” foi a de pior desempenho atribuído à cidade, com a 1.961.ª colocação e nota 42,16. O resultado foi ruim também em variantes como direitos individuais e inclusão social.

O número de pessoas vivendo nas ruas completa esse quadro social inquietante. Em agosto, quando ocorrerão fóruns e eventos locais alusivos ao Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua, poderá haver mais um importante momento para a prestação de contas das autoridades de Foz do Iguaçu sobre os resultados de ações para enfrentar esse problema.

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