A segunda edição do Atlas da Juventude, lançado em junho, aponta que a pandemia agravou ainda mais o quadro social brasileiro, impactando sobremaneira a juventude.
Houve um crescimento de 10% para 16% no percentual dos jovens que não estudam nem trabalham no país. Entre os jovens consultados que não estão trabalhando, 30% não estão estudando.
Outro dado é que, entre a juventude que não está trabalhando, 60% não tiveram qualquer atividade remunerada no período. Os 40% restantes conseguiram alguma renda na informalidade ou com trabalho autônomo.
O momento exige esforço dos governos e autoridades públicas por políticas específicas para a juventude, a fim de evitar-se o agravamento das desigualdades nessa faixa da população.
Mas políticas públicas exigem recursos. Nesta semana, a Câmara de Vereadores aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Foz do Iguaçu para o ano de 2022. A LDO é elaborada e proposta pela prefeitura.
Os vereadores aprovaram, sem questionar, o valor de irrisórios R$ 1 milhão para a Secretaria de Trabalho, Juventude e Capacitação, o segundo montante mais baixo entre os órgãos da prefeitura.
São pouco mais de 80 mil por mês para fomentar a juventude, o trabalho e a capacitação em Foz do Iguaçu, cobrindo as despesas de pessoal e custeio, sobrando pouco, quase nada, para programas e ações.
Como comparação, as diretrizes orçamentárias aprovadas pelos edis garantem um orçamento de R$ 32 milhões para a Câmara e de R$ 3,9 milhões apenas para o gabinete do prefeito no próximo ano.
Discursos sugerindo a juventude como prioridade, sem garantir recursos para a efetivação de políticas públicas, não passam de só discursos.
Jovem não é o futuro, como gostam de verbalizar os políticos. Jovem é o presente e necessita de ações efetivas hoje.
Políticas para a juventude de Foz do Iguaçu exigem recursos
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