Iguaçuense indicará nas urnas quem quer na gestão de R$ 2,1 bilhões

Leia a opinião do portal sobre a importância do voto consciente para prefeito e vereador.

Em três meses, o iguaçuense irá votar no primeiro turno das eleições para prefeito, vice e vereadores. Até lá, será um período para o cidadão refletir sobre os principais problemas da cidade, examinar programas e propostas, bem como analisar a biografia e a trajetória pública dos postulantes.

Caberá ao morador de Foz do Iguaçu escolher na mão de quem entregará o gerenciamento de R$ 2,1 bilhões, montanha de dinheiro do povo prevista para o orçamento, a ser aberto em 1.º de janeiro de 2025. Como o recurso é usado determina a qualidade dos serviços para a população.

Destaque para a saúde pública, que pela proposta desenhada no atual ciclo orçamentário poderá receber mais de R$ 500 milhões, representando R$ 1 a cada R$ 4 disponíveis. Diante dessa cifra, cabe a reflexão sobre a relação entre recursos e eficiência do serviço.

Prática que perdura, o percentual para custeio colocará o próximo gestor ou gestora em situação desafiadora. É limitador o fato de que Foz do Iguaçu segue priorizando, por exemplo, dinheiro dos royalties para mover a máquina, em detrimento de investimentos geradores de qualidade de vida e renda.

Não menos importante que a escolha pensada para o principal assento do Palácio das Cataratas é o cargo de vice-prefeito. A história política recente do município recomenda – e, mais, exige – que as chapas à prefeitura figurem acima das conveniências e acordos meramente eleitorais.

Se o bom uso, transparente e eficaz, dos R$ 2,1 bilhões em dinheiro do iguaçuense será tarefa da administração, eleger os fiscais da aplicação dessa dinheirama constitui outra grande responsabilidade do eleitor. Os olhos do morador são os vereadores.

Antes de ir às urnas, vale medir se quem pede o voto tem condições de exercer com independência e soberania a principal função parlamentar, a fiscalização do Poder Executivo. Em caso de reeleição, basta ver o lugar em que transitou o vereador ao longo destes últimos quatro anos.

Em um sistema que valoriza ícones e que convoca o cidadão à efetiva participação somente a cada dois anos, não é 100% correto afirmar que as instituições políticas sejam a representação da sociedade. É certo, porém, que o morador tem no voto consciente um poderoso instrumento e uma imensa responsabilidade.

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