Estamos em colapso

É preciso dar aos acontecimentos o seu verdadeiro nome: estamos em colapso. E não é só hospitalar.

É preciso dar aos acontecimentos o seu verdadeiro nome: estamos em colapso. Os hospitais de Foz do Iguaçu não têm vagas de UTI. Os profissionais de saúde estão trabalhando no limite de suas condições físicas e emocionais.

Atingimos o inaceitável número de dez óbitos pela doença em 24 horas. Um de cada nove iguaçuenses já foi contaminado pelo novo coronavírus. Acumulamos 27.700 casos de covid.

432 seres humanos perderam a vida na pandemia em Foz do Iguaçu. 432 pessoas que eram pais, mães, filhos, amigos e colegas de escola morreram por covid-19 na nossa cidade.

Estamos em colapso.

E não é só hospitalar.

O colapso é devido a pessoas e governantes que ainda teimam em negar a letalidade da doença que enfrentamos.

É pela falta de solidariedade e respeito à vida por parte de quem segue em aglomeração.

É pela desesperança e medo que estão tomando conta das pessoas.

Sofremos pela falta de vacina para todos os brasileiros. Os governos perderam e perdem muito tempo com factoides e distrações propositais para ocultar o essencial neste momento.

Decretos restritivos, necessários pela gravidade do momento, não levam ao seu objetivo que é aumentar o isolamento social e aliviar os hospitais da asfixia.

Falhas, para dizer o mínimo, na fiscalização e na autorização de eventos para fases restritivas geram desconfiança da população quanto às medidas que deveriam valer para todos.

Transporte coletivo, apontado como disseminador do vírus, está há um ano sem solução.

Centralização das decisões na figura do prefeito. Secretariado sem autonomia para agir. Secretários sem qualquer experiência de gestão em pastas-chaves.

Vereadores e vereadoras “assistindo a tudo de camarote”.

Não há iniciativas do poder público objetivas e efetivas para atenuar os efeitos sociais e econômicos da pandemia.

E qual é o resultado? Todos sabemos, basta aceitar: estamos em colapso.

Reconhecer a realidade é o primeiro passo para modificá-la. Negá-la ou encobri-la só leva a novos erros.
E, numa pandemia, erros custam vidas.

Mantenha o distanciamento social sempre quando possível, use máscara sempre e faça a limpeza das mãos com regularidade.

Cuide-se, dia e noite!

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